No «Le Monde Diplomatique» surge um artigo interessante do projecto «Economia com Futuro».
Ficam aqui alguns extractos, que permitem aprofundar a interpretação destes tempos perturbadores:
O sistema financeiro mantido á tona de água com o socorro dos Estados conseguiu transformar a crise financeira em crise da dívida soberana. A União Europeia escolheu a via da salvação a todo o custo dos bancos e de outros intermediários financeiros insolventes à custa dos cidadãos e da consolidação orçamental pela austeridade recessiva. Feita uma interpretação da situação que isentava as responsabilidades os credores que alimentaram devedores deficitários a crédito barato, os custos desta escolha foram quase todos transferidos para os países periféricos, mais expostos e vulneráveis.
São terapias de choque orientadas para uma desvalorização interna, que promete conseguir o reequilíbrio da balança de pagamentos com desemprego, desprotecção dos desempregados e descida dos salários nominais.
Entretanto, o espaço público mantém-se entregue ao proselitismo dos que acham que o povo tem de ser ensinado a aceitar as inevitabilidades de «leis económicas» supostamente naturais que actuam em detrimento dos interesses e aspirações da maioria.
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