No «Público», São José Almeida volta ao comício do Pontal para lembrar como Passos Coelho se apresentou aí na pele de um primeiro-ministro preocupado, até assustado, com as consequências que admite poderem surgir das medidas que tem tomado e promete ir continuar a tomar.
É curioso como, passados dois meses sobre a tomada de posse do seu Governo, o actual primeiro-ministro está muito longe de conseguir o benefício da dúvida da generalidade das pessoas com quem diariamente contacto.
Podem calar o incómodo de nele ter votado, contribuindo activamente para a derrota de José Sócrates, mas não saem das suas bocas quaisquer justificações convincentes para o verdadeiro ataque desde então iniciado ao tipo de regime redistributivo até então suportado numa concepção democrático proveniente do 25 de Abril.
E começa a subir o clamor contra tantas más notícias dadas pelos ministros sem elas conseguirem fundamentar uma qualquer visão positiva de futuro.
O medo que Passos Coelho sente é o de uma reacção violenta e descontrolada à guerra social e económica que o próprio poder abriu contra as populações europeias para baixar o nível de riqueza que é redistribuída pelo Estado na Europa. Uma guerra que tem como objectivo a concentração da riqueza na elite, nos donos do poder económico e na aristocracia empresarial e política que os serve…
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