A notícia, ao contrário do que dizem os jornais, até não espanta: Jerónimo de Sousa promete coligar-se com o CDS e com o PSD no derrube ao governo de José Sócrates.
Triste condão este dos comunistas portugueses, que apreciam mais a companhia da direita do que dos socialistas.
É claro que invocarão sempre as aleivosias cometidas pelo governo contra os direitos dos trabalhadores. Mas terão alguma ilusão quanto à bondade com que Passos Coelho e Paulo Portas tratarão esses mesmos trabalhadores quando, e se, forem Governo?
Sobra alguma dúvida, que os poucos direitos ainda conservados pelos trabalhadores portugueses dependem sobretudo de uma Europa aonde importa derrotar os governos de Merkel, de Sarkozy, de Cameron e de Berlusconi, que impõem a exportação das suas políticas apenas orientadas para o benefício de quem os guindou ao poder?
A derrota da direita europeia exige uma esquerda estrategicamente orientada para a conquista de um futuro diferente em que se salvaguardem os direitos essenciais de quem é mais explorado pela visão capitalista dos governos e se avance e recue em função de objectivos para cuja realização o esforço conjunto de todos nisso empenhados ainda é insuficiente.
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