Ao princípio era um site de hackers mais ou menos dispostos a praticar uma política de transparência de informações recolhidas ilicitamente na net. Mas em Julho deste ano uns bons milhares de documentos secretos do Pentágono relativos à guerra do Afeganistão tornaram o Wikileaks um inimigo de estimação do imperialismo. Ao ponto de o Departamento de Defesa norte-americano ter proferido ameaças públicas e explícitas quanto à segurança dos seus militantes. Tornando pertinente a questão: tornar-se-ão os jornalistas em alvos militares legítimos?
O que Julian Assange e os seus colaboradores fazem é essencial para denunciar as práticas criminosas do Pentágono nos seus teatros de guerra. Como por exemplo autorizar o assassinato de suspeitos, que eram afinal jornalistas cujas objectivas fotográficas foram confundidas com metralhadoras a partir do helicóptero que os metralhou.
Por mostrar essas metodologias de agressões indiscriminadas a inocentes os jornalistas do site vivem numa semi-clandestinidade destinada a protegê-los das ameaças da contra-espionagem inimiga. E preparando-se para a guerra psicológica, que já se traduziu numa inacreditável acusação de abuso sexual a Julian Assange por uma suposta namorada de ocasião.
As novas tecnologias estão a possibilitar a continuação da guerra anti-imperialista por meios muito mais eficazes… e prometedores!
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