Havendo razões para duvidar da bondade das suas palavras, tendo em conta tratar-se de quem está ferido com as decisões políticas do Governo de José Sócrates, há que reconhecer alguma razão de ser às palavras de Manuel Maria Carrilho, quando ele escreve no «Diário de Notícias»: É imperativo agir, e a única saída de que o PS dispõe é a de um inspirado golpe de asa. De um golpe de asa que, nas actuais circunstâncias, só podia ser o de fazer com sucesso uma dupla operação - a de uma profunda remodelação que fosse acompanhada de um movimento de renovação de ideias, de pessoas e de estratégias, que voltasse a ligar o PS e o Governo com a sociedade civil, mostrando visão, energia e desprendimento. Ou seja, que se mostrasse capaz, não só de durar, mas também de governar - é esta a questão.
Ou também a Jorge Fiel, quando, no mesmo jornal, propõe um verdadeiro banho de realidade: Brecht estava carregadinho de razão quando escreveu que só quando estamos imbuídos da realidade é que podemos mudá-la.
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