terça-feira, 20 de agosto de 2024

Um desqualificado líder e as suas circunstâncias

 

Agora que os Jogos Olímpicos de 2024 ficaram enterrados nos livros de História do Desporto confesso não ter a eles dedicado mais do que uma hora no total de múltiplos zappings, sempre procurando alternativas mais interessantes do que manifestações desportivas vocacionadas para servirem de marketing a umas quantas marcas e, tal como sucedera em 1936, no tempo de Hitler, o desporto atual valer tanto quanto a política, enquanto forma de prosseguir as guerras por outros meios. Porque, excluída a Rússia, mas não Israel, facilmente se confirmou como as decisões do COI mais não são do que a fiel servidão ao que lhe mandam os patrões de além-Atlântico. Para além de nem sequer se disfarçar o interesse em prevalecer a superioridade ianque em medalhas à dos esforçados chineses.

Num dos zappings apareceu Montenegro a apimentar a desgovernação nos hospitais com a prometida medalha de ouro, que dois ciclistas estavam afinal a conseguir não longe dali. Depois do fiasco da ida à Madeira para associar-se a uma maioria absoluta afinal transformada em pálida miragem, o primeiro-ministro continua a demonstrar não ter o dom da previsão entre as suas desconhecidas qualidades.

E sabe-se agora que traz o canoísta como cabeça de cartaz à festa de lançamento da temporada laranja em Castelo de Vide. Porventura para que os participantes no folguedo continuem a refletir sobre como anunciadas vitórias se podem converter em frustrações, e de como melhor as iludir com desculpas que pareçam consistentes.

Ao “desmedalhado” olímpico associa-se ainda um suposto maestro, que - ainda por cima involuntariamente! - consegue mostrar-nos como se comportaria um bizarro palhaço perante sóbria orquestra. Afinal aquilo que metaforiza o comportamento do líder nas presentes circunstâncias. 

Sem comentários:

Enviar um comentário