Este fim-de-semana decorre mais uma festa da música no Centro Cultural de Belém. Ainda preparado pela competente gestão de Mega Ferreira, promete mais umas dezenas de bons espetáculos tendo desta feita a Voz como grande motivo inspirador.
Mas, desta feita, e ao contrário do que tem sucedido nos últimos anos, vou primar pela ausência por um bom motivo: se Groucho Marx jamais poderia aceitar pertencer a um clube, que o integrasse como sócio, também eu direi ser incompatível a frequência de um espaço dirigido por esse símbolo do pedantismo laranja, que se chama Vasco Graça Moura.
Há quem o considere bom poeta e até o apresente como homem culto e de grandes qualidades.
Não é essa a minha opinião: ele representa tudo quanto detesto num suposto intelectual, ou seja a troglodítica forma de encarar a política, insultando quem se situa à esquerda, bem demonstrada quando insultou o eleitorado por ter dado votações maioritárias a José Sócrates.
Se, em definitivo, optei pelo novo Acordo Ortográfico foi por VGM se apresentar como seu mediático opositor. Agora que desisto da condição de Amigo do CCB e de frequentador dos seus espetáculos é como medida higiénica para me não deixar conspurcar pelo que ele representa.
O ambíguo Almada Negreiros causticou o detestável Dantas no manifesto em que arrasava tudo quanto de reacionário ele representava. Que pena não ter hoje um discípulo que, com idêntica ironia e eficácia, seja capaz de traduzir em palavras assassinas o quanto Vasco Graça Moura e a sua adjunta Dalila Rodrigues representam como representantes do governo que, desde o 25 de Abril, mais avesso se mostra a tudo quanto á cultura diz respeito...
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