É claro que a notícia do dia foi a do desaparecimento esperado de Miguel Portas, que teve algo de simbólico: ele que foi um dos que lutaram ativamente pelo sucesso do 25 de Abril, acaba por falecer na execrada data de 24, que nos habituámos a considerar como símbolo de tudo quanto o fascismo representava.
Nesse sentido, e pegando num comentário de Vasco Lourenço sobre o veredicto da História, quando desqualificava o inacreditável comentário de Passos Coelho sobre a ausência de Mário Soares das cerimónias oficiais do 25 de Abril, Miguel Portas ficará recordado por bons motivos. O que não sucederá decerto com o atual primeiro-ministro cuja ação política se arrisca a ficar registada como sinónima de empobrecimento irreversível de milhares de portugueses. Se todos os dias surgem novos indicadores sobre os efeitos dramáticos da política desenvolvida pelo Governo, os de hoje são terrivelmente eloquentes: nunca como agora surgiram tantos lutos em crianças portuguesas, já que aumentaram significativamente as que viram os pais suicidarem-se ou morrerem em acidentes de automóvel (como se sabe, outra forma encapotada de pôr fim à vida).
É por isso que faz todo o sentido a ressurreição do espírito combativo vivido no 25 de Abril… para que se volte a acreditar em futuros melhores!
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