Não duvido que sempre houve e sempre haverão mulheres com espírito de Passionárias. E pelo artigo da «Visão» da semana passada a realizadora Raquel Freire é uma delas.
Conhecíamo-la do filme «Rasganço», sua longa-metragem de estreia com Coimbra por cenário de fundo e Ricardo Aibéo enquanto serial killer a assombrar a escadaria de acesso à Torre da Universidade.
Essa seria ainda a que crisma de fase burguesa da sua vida, quando o acesso ao consumo das artes lhe estava facilitado. Depois foi a viragem para um outro tipo de vida em que co-habita numa comunidade com mais uns quantos irreverentes e a luta por um outro tipo de sociedade se tornou o grande objectivo dos seus dias. Já sem a condução do Partido Comunista a que chegou a pertencer e em cujos valores cresceu desde a nascença como filha de um casal de universitários portuenses ligados à organização, mas com a mesma expectativa de mudar este estado de coisas em que a felicidade é uma utopia, quando deveria ser a conquista de quase todos…
Para já estão-nos prometidos um livro e um filme para breve. E muita contestação na rua agora que, a exemplo de Pedro Rosa Mendes, o ministro Relvas cuidou de calar radiofonicamente a sua voz de protesto
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