Por estes dias está-se a evocar intensivamente o ataque de há dez anos às Torres Gémeas de Nova Iorque, esquecendo outras efemérides igualmente merecedoras de serem recordadas. Por exemplo o golpe fascista, que derrubou Allende e impôs a sinistra ditadura de Pinochet. Ele serve para lembrar que as circunstâncias podem obrigar a esquecer os escrúpulos democráticos, pois chega-se a uma fase de agudização da batalha política em que se mata ou se morre.
Mao-Tsé-Tung, que morreu fez ontem 35 anos (outra efeméride praticamente esquecida!) dizia com algum sentido não ser a Revolução um convite para jantar. E ele bem o sentira, quando encabeçara a Longa Marcha como forma de escapar à Guerra de Aniquilação contra ele movida pelo Kuomintang. Uma vez mais tratava-se de um exemplo claro de matar ou morrer...
Se a sua visão para aceder à utopia não levou a sociedade chinesa a sequer dela se aproximar convém estudar e aprender com os erros do maoísmo, porquanto os objectivos de construção de uma sociedade mais justa e igualitária mantêm-se actuais, sobretudo quando as circunstâncias actuais tendem exactamente para a direcção contrária.
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