domingo, 9 de fevereiro de 2025

Repimpemo-nos na primeira plateia

 

Não sei se viverei o bastante para assistir ao fim do trumpismo, mas estou certo em como ele acontecerá. Sempre considerei trágicos os desesperos de alguns famosos suicidas - Virginia Woolf, Stefan Zweig, Walter Benjamin - que, durante a vigência do dito “império por mil anos” - não aguentaram o desespero e desistiram de assistir ao desaparecimento do seu títere.

É admissível que muitos dos que estiveram certos da curta existência do nazismo não tenham vivido o suficiente para lhe celebrarem o fim. Mas, mesmo ao morrerem, terão vislumbrado esse futuro, que imaginavam bem melhor, porque pior parecia não se vislumbrar.

Fazendo alguns palpites o mais provável é o próprio Trump claudicar a curto/ médio prazo porque os 78 anos deverão condicionar o funcionamento do corpo. E os poderes absolutos são sempre unipessoais, envolvendo disputas fratricidas entre quantos ambicionam suceder ao defunto chefe.

É por isso que não me impressiona a rapidez com que Trump & Musk andam a destruir o capital simbólico que os Estados Unidos ainda projetavam ser enquanto a “maior das democracias”.  Até ao lavar dos cestos muito sobra por vindimar.

Essa fórmula era, aliás, uma mistificação absurda tendo em conta toda a História das agressões imperialistas e racistas internas dos sucessivos ocupantes da Casa Branca contra os seus inimigos externos e internos. Agora o monstro capitalista selvagem ficou á solta e a exibir-se no seu sinistro “esplendor”.

No fim do trumpismo teremos a China mais forte como primeira das superpotências e os israelitas a pagarem as custas de terem aproveitado o momento para a prática de um genocídio por que serão devidamente castigados. Como aconteceu com os que criaram e implementaram o seu Holocausto.

É só comprar as pipocas e assistir a tudo na primeira plateia!

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