Um dos mais contundentes argumentos contra os detractores dos grandes investimentos públicos foi dado por Pedro Gonçalves, presidente da Soares da Costa, na cerimónia de adjudicação da linha do TGV entre o Poceirão e Caia. Segundo esse gestor a empresa irá ganhar assim competências que a ajudarão depois «a entrar em mercados aonde a ideia da alta velocidade começa a ganhar terreno» («Público», 13/12/2009).
Numa altura em que a solução para as grandes empresas nacionais reside na internacionalização eis que só projectos estruturantes como este o facultam garantindo que elas possam dar referências concretas da sua experiência em áreas de negócio, que crescerão exponencialmente no futuro.
Que o próprio Presidente da República tenha tido comentário infeliz no próprio dia da cerimónia só demonstra como até nas instituições o país continua dividido: enquanto uns querem pensar com largueza de horizontes perspectivando futuros melhores, há os que continuam a lembrar O’Neill quando falava de um país no diminutivo por pretenderem comboiozinhos, estradinhas e PMEzinhas…
Não admira que na mesma edição do jornal, o insuspeito Vasco Pulido Valente constate que o país se prepara para dispensar o PSD «como um anacronismo sem utilidade».
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