Vivemos tempos complicados em que nenhum mestre do pensamento, seja à esquerda, seja à direita das ideologias dominantes, parece deter o segredo da fórmula capaz de devolver o anseio de utopia à multidão de descontentes com o actual estado das coisas.
Se de um lado ainda se lambem as feridas da queda de um Muro, que pareceu significar o dobre de finados por uma ideologia cujos fundamentos prometiam os melhores dos sentimentos humanos mas se concretizara em gulags, senão mesmo em genocídios polpotianos, do outro só se garantem maiores discrepâncias de direitos e deveres entre uma exígua minoria de oligarcas e a grande maioria de explorados.

E, no entanto, podem-se detectar alguns sinais de uma tendência em crescimento junto desses mesmos frustrados cidadãos: a execração do egoísmo dos que ostentam o seu poder e riqueza, o individualismo enquanto ideologia assente no «cada um por si e todos contra todos».
Esperemos que cresçam daí os novos rumos tendentes a fazerem frutificar a solidariedade e fraternidade entre os desvalidos de forma a impulsionar a emergência de uma bem necessária igualdade...
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