O texto de Timothy Garton Ash no jornal «Guardian» sobre uma Europa acantonada nos seus paradigmas qual gaulês da aldeia de Astérix, e incapaz de sair das suas fronteiras para conseguir impor os seus valores e produtos, pode justificar caminhos ínvios. Por exemplo acentuar a importância de quem continua a acreditar na possibilidade de paraísos excelsos a partir do momento em que o Estado recue e o patronato assuma a iniciativa de «criar riqueza» para si.

Alegarão tais sumidades que se sentem legitimados pela força dos votos democráticos. Mas a experiência já demonstrou que, pela via eleitoral, os farsantes podem aceder ao poder, sejam eles Berlusconi ou Alberto João Jardim, Sarkozy ou Isaltino.
O que os actuais líderes europeus não têm é a visão de futuro, que as circunstâncias deveriam impor com naturalidade. A que preconizasse rupturas efectivas com a utilização irracional dos recursos energéticos e pugnasse por uma humanização progressiva na relação entre os homens. Assente no princípio básico de, independentemente, da cor ou da religião, todos termos a ganhar se se cativarem os esforços colectivos para objectivos bem palpáveis em benefícios por todos distribuíveis. É da união entre cidadãos de todas as latitudes, que se poderão conseguir alterações profundas na forma como enfrentaremos as ameaças iminentes.
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