segunda-feira, 18 de março de 2019

Como furar a indecorosa manipulação das direitas?


A campanha eleitoral para as legislativas de 2015 não está assim tão longe, que não nos recordemos de tudo quanto as direitas, reunidas na coligação PAF, fizeram para alcançarem os quase 37% com que se apressaram a celebrar precocemente a vitória. Usando técnicas muito agressivas conseguiram pôr à defesa o Partido Socialista, que se viu enredado em justificações sobre quem figurava nos seus cartazes e não conseguiu romper o bloqueio desinformativo lançado por todas as televisões, ativamente secundadas nas redes sociais, então como agora, dominadas por prosélitos, que não se coibiram de uma campanha suja de mentiras e deturpações.
Essa imunda atividade prossegue, bem como o mesmo bloqueio, que se traduz no predomínio de comentadores políticos nas várias televisões, quase todos de mira apontada contra o governo. E agora querem, igualmente, legitimarem o discurso de não ter havido obra feita pelo governo quando, ao mesmo tempo, multiplicam denúncias à Comissão Nacional de Eleições para impedirem as inaugurações, que desmascaram esse logro. O «honesto» Rui Rio equipara-se às peixeiradas de Cristas no uso dessa ilegítima arma eleitoral.  Que sentido faz o governo parar meses a fio a sua atividade só porque as direitas consideram que serviços públicos essenciais às populações devem abrir só quando elas não sentirem o merecido efeito da preocupação havida em satisfazer-lhes imperiosas necessidades?
Ao olharmos para as sondagens publicadas esta semana comprova-se a eficácia das direitas em terem conseguido manter a comunicação social do seu lado e manipularem diversas classes profissionais - desde os professores aos enfermeiros, passando por polícias ou juízes! - para darem a falsa ideia de um governo à deriva. Ora o contrário é muito fácil de demonstrar se a mensagem política chegar com objetividade a todos os eleitores, porque os resultados económicos revelam diariamente a ação determinada de quem sabe em que direção deve ir para melhorar significativamente a qualidade de vida dos cidadãos.
Faz sentido que, nestes quatro anos, o Partido Socialista só tenha conquistado 5% de votos a quem, em 2015, votou nas direitas?  Pode concluir-se que o marketing politico tem sido bem mais competente nas direitas do que nas esquerdas, que ainda não conseguiram furar o cerco em que são permanentemente enleadas. E, nesse sentido, até Marcelo se vem juntar à tentativa de inversão da relação de forças existente, repetindo semana sim, semana sim, que existe esquerda a mais.
Como podem admirar-se os meus amigos, que estranham o odiozinho de estimação, que alimento por quem adotou como sentido da vida para os seus anos crepusculares essa missão de ajudar as direitas a voltarem a infernizar a vida dos portugueses? É que, a exemplo, dos norte-americanos ou dos brasileiros, os nossos concidadãos mostram-se demasiado volúveis a filtros da realidade, que a deturpam e ensombram.

Sem comentários:

Enviar um comentário