sexta-feira, 7 de julho de 2017

A serenidade como resposta mais eficaz contra a histeria

Têm sido muitas as ocasiões em que Pedro Nuno Santos tem dado provas de ser um dos principais colaboradores a darem consistência ao projeto de governação decidido por António Costa em novembro de 2015. Dotado de tão grande solidez argumentativa, quanto sensatez na análise da realidade, soube utilizar a entrevista conduzida por David Dinis e Graça Franco para exprimir a confiança com que encara a superação deste momento político, reconhecido como o mais difícil até agora vivido pelo governo a que pertence. A atestar essa convicção a chamada de atenção para o facto de não haver uma governação de quatro anos sem crises. ”O que está em causa é como reagimos”.
Nesse sentido a serenidade com que o governo e os ministros estão a responder à histeria persecutória de Passos, Cristas e de quase todos os meios de comunicação social, tem sido extremamente eficaz, porque esgota a contestação, privando-a de qualquer efeito prático do seu vozear.

Ademais, e sem que defenda servir isso de desculpa, assaltos como o de Tancos também aconteceram em Marselha em 2015 e em Estugarda em 2016, sem que alguém se lembrasse de pedir a cabeça dos ministros franceses ou alemães com tutela sobre tais instalações militares. A referida histeria só é explicável, segundo Pedro Nuno Santos por “alguma falta de criatividade no debate político. É uma forma antiga de fazer política.” E, de facto, as direitas continuam a demonstrar uma enorme falta de imaginação no debate político: lideradas por gente ambiciosa, mas de uma incompetência atroz, ainda não concluíram que as suas posições políticas são grosseiramente contraditórias. Elas ignoram o quão parece paradoxal que tenham andado anos a invocar a necessidade de eliminar as gorduras do Estado, tornando-o tão ínfimo quanto possível, e venham agora queixar-se da falta de meios para que ele assegure as suas responsabilidades para com os cidadãos.
De uma vez por todas será bom que essas direitas se definam quanto à dimensão pretendida para o Estado: reduzido tanto quanto possível para que os privados tomem conta de muitas das suas funções, ou ampliado com os meios humanos, técnicos e financeiros capazes de garantirem padrões de qualidade na Saúde, na Educação, na Segurança Pública e na eliminação da pobreza.
Por sorte, di-lo Pedro Nuno Santos, os portugueses contam com o líder mais apropriado para verem significativamente melhoradas as expetativas quanto ao futuro. 

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