terça-feira, 7 de abril de 2015

Entre Atenas e Bruxelas a corda arrisca-se a partir pelo lado aparentemente mais forte

O governo de Alexis Tsipras tem vivido num sufoco desde que assustou os que mandam nas instituições europeias com uma expressiva vitória eleitoral.
A expectativa das merkels e dos schaubles seria a de que, muito rapidamente, os gregos considerariam um erro a sua opção e viriam para as ruas precipitar a queda do  Executivo.
Ficaria, assim, reaberta a passadeira para que os samaras e os venizelos prosseguissem na opção de vassalagem perante os opressores internacionais.
Para desgosto dos que apostaram nessa estratégia, o feitiço virou-se contra o feiticeiro com as sondagens mais recentes a darem conta de um cenário elucidativo:  segundo  a “Bridging Europe”, que andou a inquirir os gregos há cerca de uma semana, se Tsipras convocasse agora novas eleições, conseguiria uma expressiva maioria absoluta. De facto, subiria dos 36,6%, que teve recentemente, para os 44,6%, enquanto a Nova Democracia desceria de 27,8% para 12,2%.
Essa mesma sondagem é terrível para o PASOK: os seus 2,7% nem sequer lhe garantiriam representação parlamentar, tornando-se num grupúsculo sem expressão política nem social.
São estes números os que já estão a fazer vacilar as instituições europeias: se ainda sobram muitos a manterem a posição de imposição à Grécia das políticas rejeitadas pelo seu povo, já se torna cada vez mais audível o clamor dos que alertam para quanto reside nela o fortalecimento do Syriza. E, por isso mesmo, recomendam que se ouça o conselho da Casa Branca em como é altura de deixar a presente intransigência...

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