sábado, 2 de dezembro de 2017

É mesmo o que é: dor de corno!

Ontem o blogue O Jumento trazia um texto exemplar sobre os efeitos da provável eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo. E, de facto, desde o incómodo bem visível em Marcelo Rebelo de Sousa, de quem nunca poderemos esquecer o desplante de ter exigido ao ministro das Finanças, que lhe mostrasse os mails por si trocados com um efémero gestor bancário, até ao que decerto será o de Teodora Cardoso, que ainda na antevéspera o comparava a Salazar, sem esquecer o Costa do Banco de Portugal, cujo conhecido ódiozinhos de estimação (próprio dos invejosos e incompetentes) é bem conhecido, andará por aí muita gentinha a sentir-se tomada de raivinhas impotentes por nada poder obstar contra tão notório sucesso do atual governo. E, embora não perca um segundo com o anão de Fafe, quando faz a preleção dominical, conto que almas caridosas me deem conta do que ele dirá depois de ter andado a qualificar de anedota ou de mentira do 1 de abril tal possibilidade.
Para os portugueses talvez o novo cargo de Centeno pouco represente, embora seja indigno virem afirmá-lo à conta da experiência havida com Durão Barroso na Comissão Europeia. De facto, enquanto Centeno tem mostrado uma contínua devoção ao serviço público, sacrificando-se para lhe dar o melhor contributo, o ex-maoísta do PPD sempre teve o umbigo por horizonte e nunca desde os bancos do liceu (altura em que pessoalmente tive o desprazer de o ter por colega!) deixou de ser assim. Assim tenha meios para tal e Centeno poderá obstar à tentação fanaticamente austericida de muitos dos seus colegas naquela organização informal dos ministros das Finanças da zona euro.
Notícia foi também a morte de um dos nossos «holandeses»: Belmiro mereceu encómios com fartura e até o Presidente (de quem ele tanto mal dissera) foi prestar-se à selfie  com o cadáver (no sentido figurado, claro!). O melhor comentário ao ocorrido, li-o ao Miguel Araújo no twitter, que aventou a convicção segundo a qual, se tivesse morrido há quatro anos, Ricardo Salgado teria conseguido por certo as bandeiras a meia-haste.
Pessoalmente, e conferindo as posições tomadas no Parlamento, estou mais de acordo com a abstenção do Bloco do que com aprovação ou a rejeição do voto de pesar dos demais partidos.

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