sábado, 16 de setembro de 2017

O prazer do regresso à militância ativa

Nas ações de campanha para as autárquicas, que nos têm levado a acompanhar a Inês de Medeiros (candidata PS à Câmara de Almada) e, sobretudo, a Sandra Chaíça (idem para a União das Freguesias da Caparica e da Trafaria) confirmo a importância do trabalho político junto das populações, de que normalmente se alheiam os que, nas televisões e nos jornais, «falam de cátedra» sobre assuntos de que só conhecem a rama sem irem à profundidade da vida real das pessoas sobre quem se atrevem a falar.
Contactando com pessoas de bairros degradados, ou onde tentam sobreviver os mais pobres, somos confrontados com a necessidade de recordar uma palavra de ordem utilizada amiúde por António Guterres, quando era primeiro-ministro: as pessoas não são números nem podem ser tratadas apenas pelos modelos económicos e financeiros inscritos em folhas de excel. Têm aspirações a serem assertivamente escutadas, preocupações de urgente atendimento e carências nas competências profissionais e sociais só superáveis com um persistente e determinante trabalho educativo, quer dos mais jovens, quer dos adultos a requalificar.
É esse o motivo porque encontramos sempre um enorme prazer em participar nestas ações políticas, que só lamentamos não merecerem dos partidos das esquerdas uma tão persistente frequência, quanto deveriam ter. Sobretudo para não se ouvir a justa crítica de alguns, que apontam a coincidência de só serem contactados e escutados, quando as eleições estão á porta.
Este prazer está a reiterar-se tanto mais quanto é notória a sensação daquelas dezenas de militantes, que temos acompanhado em tais ações, mostrarem um interesse genuíno no trabalho para o bem coletivo, comprometendo-se para nele se empenharem com reforçado alcance acaso mereçam o voto de quem define a composição dos órgãos autárquicos em liça. Aqui não há caciques que arregimentem militantes como se deles fossem subordinados, nem quem se empenha para vir a usufruir de benefícios pessoais. Militantes do PS há décadas, sentimos que a presente ação política em Almada obedece aos mais elevados valores da Cidadania participativa e esse é estimulo bastante para nela ativamente participarmos.

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