sábado, 4 de março de 2017

Um dispendioso erro de casting

Não é preciso fazer sondagens para aferir a percentagem significativa de portugueses, que consideram injustificada a continuidade de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal.  Ao renovar-lhe o mandato, Passos Coelho só agravou o carácter doloso do conjunto das políticas e decisões com que infernizou a vida dos portugueses durante quatro anos.
O primeiro mandato já lhe denunciara a incompetência, a negligência e o facciosismo com que exercera funções. O estado calamitoso em que o sistema financeiro se ia afundando denunciavam-no como trágico erro de casting. Mas Passos, ele próprio incompetente, negligente e faccioso, fez o que costumam fazer os que avaliam a mediocridade alheia à luz da sua própria. E assim o renomeou como se de génio se tratasse.
Infelizmente não existem mecanismos suficientemente sólidos para justificarem a remoção de tão maligna criatura. Sobretudo, porque de Frankfurt, Draghi trataria de carregar o cenho de desagrado a dar conta de tão drástico ataque corporativo à sua «classe».
Resta ao governo acentuar o que tem feito: através das nomeações dos novos administradores ir retirando o poder a Carlos Costa, impedindo-o de continuar a estragar o que vai sendo reparado.  Que lhe fique o penacho, o lauto ordenado e as regalias que o acompanham, mas se dedique a contar moscas no seu gabinete. Para pior já basta assim...

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