segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Um homem pequeno que, decididamente, não é bailarino!

De Marques Mendes já sabíamos tratar-se de um bufo no que a expressão tinha de mais pejorativa no tempo do fascismo. Apresentando-se como tendo bons contactos, utiliza a prestimosa colaboração dos que por ele andam com o olho nas fechaduras alheias ou a ouvirem conversas que não lhes eram destinadas.
Também o sabíamos especialista em truques e jogadas sujas, pois só alguém disso capaz conjetura intenções na demora da publicação de diplomas, cuja explicação era bem mais simples. Mas, como, no capítulo das “virtudes”, mostra ser um bom julgador, hipóteses desse tipo tornam-se clarividentes para quem delas era capaz. O arauto de Fafe pergunta-se: o que faria se estivesse do lugar de quem critico? E vai de lhes atribuir comportamentos e intenções, que seriam as suas.
Ontem ficámos a conhecer mais um traço do seu mau caráter: vingativo. Porque, pondo-se na pele de António Domingues, ele imaginou-o tomado de desejo de retaliação por quem ter-se-á sentido prejudicado.
Para o comentador de Balsemão que, como o «Expresso» anunciou esta semana, anda em animados jantares com Passos Coelho e Montenegro, não se coloca a questão das exigências exorbitantes do antigo administrador, nem o interesse nacional, que mandaria travar de vez a novela da Caixa Geral de Depósitos. Interessa-lhe, sim, fazer o jogo dos adoradores do Diabo que, sentindo-lhe a falta, tudo farão para o ressuscitar, assim se lhes não esgotem as poções nem as mezinhas.
Um último aspeto ainda a  aguçar a nossa curiosidade: tenho em conta a sua assumida condição de porta-voz oficioso das intenções da  especulativa Lone Star seria interessante constatar por que escritório de advogados se faz ela representar no negócio pela compra do Novo Banco. É que, como Gustavo Sampaio já denunciou num dos seus livros («Os Facilitadores»), Marques Mendes e esses seus cúmplices, são dos mais ativos lobistas dos interesses estrangeiros no nosso país.
Tendo em conta a sua prática dolosa continuada e a própria intervenção de Lobo Xavier no sentido de prejudicar os interesses da Caixa Geral de Depósitos, só não compreendo porque tardam as esquerdas em promulgar uma legislação anti-lobistas, que, a exemplo dos tempos de antena, sempre antecedidos pela identificação de quem os utiliza, também obrigue a SIC a anteceder os seus programas de comentários políticos de ambos os seus colaboradores com o anúncio dos negócios a que estão vinculados e ali supostamente a serem por eles defendidos...

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