sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Um saloio barão ou visconde?

Não ouvi a entrevista de ontem na SIC com o autodesignado «saloio de Mação». As vezes em que tentei pôr som na televisão deu para entender quão limitada é a minha capacidade de suportabilidade para aquele tom de seminarista manhoso, que sabemos capaz dos mais inconfessáveis pecados, mas se finge de casto irrepreensível!
Fui assim lendo os resumos em rodapé, que me deram uma ideia aproximada das idiossincrasias da criatura, percebendo-se que é paranoico (todos à sua volta o andam a escutar!), parolo (de gostos e valores rústicos no pior sentido!), ganancioso (o que ele é capaz de fazer por dinheiro!) e mau colega (reconhece-se isolado do meio corporativo onde se percebe o desprezo de que se sente alvo!).
Se estivéssemos no tempo de Eça estava ali um belo candidato a conselheiro "Acáxio". Se recuássemos um pouco mais, até aos tempos de Garrett, adivinhávamos que não fugiria, como o tal cão, que se escapava a ser barão, mas acabava inevitavelmente em visconde.
E temo-lo assim como um paradigma do lastimável estado a que chegou a Justiça em Portugal. 

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