quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A agitprop já não é o que era!

Há quatro anos um dos maiores especialistas norte-americanos em sondagens previu um enorme e duradouro sucesso às campanhas democratas, porque era tão pífia a campanha de Romney nas redes sociais, que os republicanos pagariam caro a pouca afeição por esse novo e determinante terreno de ação da luta política.
Chegados a nova eleição presidencial o augúrio de Silver não se confirma ao verificar-se que uma boa parte do sucesso de Donald Trump tem a ver com o uso intensivo das diversas plataformas oferecidas pela net.  De repente são os métodos esgotados de fazer política, que ficam em causa: enquanto Hillary gasta imenso tempo de campanha para encontros com quem lha financia, o adversário - até por ter fortuna própria, que investe sem pudor no seu objetivo! - dedica todo o tempo a comunicar com os eleitores, seja presencialmente, seja através das redes sociais.
Esta é uma lição importante a colher pelas esquerdas. O que mais me custa constatar é como elas não evoluem na forma de comunicar com os seus apoiantes, repetindo fórmulas que já deram ensejo a muitas derrotas, mas ainda teimosamente repetidas, pelo menos a nível local.
Hoje a agitação e propaganda têm de se enquadrar nos tempos vindouros. E, neles, é fácil demonstrar que quem não prioriza a difusão dos seus materiais no mundo digital, está condenado ao fracasso.

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