segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mais sete perguntas do operário letrado!

Num artigo do «Público» deste domingo, Paulo Pena reconhece que passos coelho costuma superar-se quando se sente pressionado e foi apressadamente subestimado pelos adversários políticos.  Mas, apesar de ter construído uma narrativa propagandística quase perfeita e , no dizer de Pedro Bidarra, ser um primeiro-ministro gerido por bons peritos em propaganda, ele não pode escapar a algumas comprometedoras perguntas do nosso operário letrado:
1. não foi ele quem, em junho de 2011, se comprometeu em não fazer aumentos de impostos, nem cortar o 13º mês aos funcionários públicos, porque bastaria cortar nas “gorduras” do Estado?
2. Não foi ele quem se comprometeu a nunca invocar os números do Governo anterior, porque os conhecia bem e não iria ser surpreendido por eles?
3. Não foi ele quem, em outubro de 2011, cortou os subsídios de férias e de Natal a todos os funcionários públicos com mais de 1000 euros por mês?
4. Não foi ele quem aguentou no governo o inefável miguel relvas cuja licenciatura num ano se converteu num enorme escândalo? E não foi ele quem o foi recentemente recuperar para dele fazer o número 1 do conselho nacional do PSD?
5. Não quis ele retirar 7% nos salários de quem trabalha para reduzir a mesma percentagem na contribuição dos patrões para a Segurança Social na famigerada TSU, que suscitou a maior manifestação de protesto deste milénio em Lisboa?
6. Não foi ele quem esteve a dever 7430 euros à Segurança Social só pagando uma parte dessa dívida, quando publicamente denunciada?
7. Não foi ele quem esteve envolvido em negócios mais do que suspeitos da Tecnoforma, que não levantou qualquer suspeita em nenhum rosário teixeira ou nalgum carlos alexandre?
Muitas outras questões poderiam ser acrescentadas a estas do operário letrado, mormente as relacionadas com os cortes nas pensões dos reformados ou nas subvenções dos mais desprotegidos. Ou no favorecimento das empresas de saúde e da educação privadas em detrimento das do setor público. Mas elas são tão conhecidas, que só nos podemos questionar como ainda é possível haver um terço de portugueses apostados em conferir-lhes uma segunda oportunidade.
Teremos assim tantos masoquistas dispostos a porem-se de cócoras para as chibatadas que o sadismo desta direita volta a prometer?

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