domingo, 26 de julho de 2015

As contas que não batem certo

Veio do bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas a reação mais consistente a respeito do embuste que foi o suposto crédito fiscal “oferecido” por este (des)governo para o ano que vem, acompanhado até de um simulador destinado a tornar mais enfática a ilusão em que assenta. Como referiu Domingos Azevedo a evolução da receita de IRS e IVA “está empolada”, porque ainda há reembolsos por fazer nos dois impostos. No caso do reembolso do IVA o processo é hoje mais burocrático e tem havido imensos atrasos, e no caso do IRS o Fisco ainda não reembolsou, por exemplo, “aquelas pessoas que entregaram o anexo C [regime de contabilidade organizada]”.
São, pois, falsos os números anunciados por maria luís albuquerque e paulo núncio a respeito de receitas fiscais acima do orçamentado, condição sine qua non para possibilitar essa “benesse”.
No editorial o «Público» constata que “este exercício cria uma expectativa de que haverá dinheiro extra a receber do Fisco no final do ano, o que poderá não acontecer. (…) Se a receita fiscal está empolada, o governo está a criar uma expectativa aos contribuintes com base em números que não são os verdadeiros.”

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