terça-feira, 9 de junho de 2015

O que nos dizem as expressões faciais e os tons de voz de passos coelho

São bem conhecidos os estudos, que identificam nas expressões faciais os estados de alma de quem fala em público.
Na semana transata passos coelho brindou-nos com dois momentos de eleição para nos dedicarmos empiricamente à análise dos seus traços fisionómicos. O mais interessante terá sido aquele em que pediu aos manifestantes de Ovar, que se retirassem da sala onde pretendia repetir pela enésima vez o seu discurso eleitoralista. Se de início pareceu iludir-se com o teor das palavras de ordem, que começaram a ser proferidas do fundo da sala, todo o seu rosto se crispou ao compreender o embaraço em que as câmaras de televisão o deixavam. E, por isso, embora contendo-se ao máximo para não perder as estribeiras, a voz traía-lhe a intenção.
No outro momento divulgado pelas televisões tivemos oportunidade para apreciar o seu discurso sobre a “ânsia” dos portugueses pela previsibilidade e pela estabilidade.

Ora, ele sabe bem que não é esse o estado de alma de quem, em breve, irá votar. Adivinha decerto que poucos o levarão a sério, tendo em conta a imprevisibilidade e a instabilidade vivida pelos portugueses ao longo destes quatro anos. E, por isso mesmo, o tom da voz, quando disserta sobre tão ambivalentes propósitos, não consegue ser convincente, inspirando uma desconfiança, mesmo sem se atender às palavras. Porque ciente de se aproximar o ajuste de contas sobre a sua governação, ele tem a consciência de só lhe restar como único caminho a repetição até à náusea das mesmas mentiras na expectativa de levar uns quantos ingénuos a aceitarem-nas como espelho de uma realidade bem diferente...

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