sábado, 18 de abril de 2015

Don’t worry, be happy!

Se se fizesse hoje uma reaferição ao universo consultado pela Eurosondagem para os resultados hoje divulgados pelo «Expresso» será que eles seriam  os mesmos? Tenho dúvidas …
Com os funcionários públicos a perceberem que manteriam os salários cortados até 2019? Com os reformados a terem a confirmação de a direita teimar em lhes levar parte significativa dos rendimentos? Com a generalidade dos que trabalham a serem “convidados” a suportarem a sobretaxa do IRS durante toda a próxima legislatura?
Com a declarada intenção de destruir totalmente a Segurança Social retirando-lhe receitas quer através da redução da TSU dos patrões, quer da redução dos salários, quer da degradação contínua do nº de empregados em Portugal?
Com a confessada intenção de prosseguir as benesses aos mais endinheirados - nomeadamente às empresas de energia! - e retirá-las aos mais desfavorecidos?
É verdade que, por agora, o PS não descola na direção da maioria absoluta, mas estas últimas duas semanas foram aquelas em que os socialistas deram sucessivos tiros nos pés a partir do momento em que Sérgio Sousa Pinto publicou no facebook um texto execrável sobre a candidatura de Sampaio da Nóvoa. E há que contar com a aproximação de momentos culminantes na estratégia de António Costa: a divulgação dos dados macroeconómicos para os próximos anos traçados pelos economistas convidados a colaborarem com  o partido, e  a apresentação do programa eleitoral.
A própria saída de António Costa da Câmara de Lisboa já começa a dar efeitos positivos com as televisões a verem-se obrigadas a cobrir as suas atividades a um ritmo praticamente quotidiano. E ele é dos líderes que vê subir a popularidade nesta mesma sondagem.
Pode igualmente revelar-se perturbadora a falta de notoriedade de António Sampaio da Nóvoa nesta altura. O que só dá razão à decisão de já formalizar a sua candidatura a partir de 29 de abril. Até ao próximo ano espera-o um enorme trabalheira, mas que será provavelmente premiada com a vitória nas presidenciais. É que o maior equívoco em que incorre marcelo rebelo de sousa ao adiar para depois das legislativas a resposta ao seu tabu é necessitar do apoio de um partido derrotado nas legislativas e transformado num saco de gatos.
Se não surgirem novos disparates em gente com responsabilidades no PS, e se soubermos ser pacientes, a dinâmica da vitória construir-se-á com as ações de campanha a organizar até lá e com as sucessivas demonstrações do fiasco da política da direita nestes quatro anos... 

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