quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E são capazes de se dizerem católicos

Ninguém contestará que a pobreza tem crescido significativamente em Portugal nos últimos três anos. Dizem-nos os indicadores oficiais e os estudos subscritos pelas mais variadas instituições nacionais e internacionais. Mas demonstra-nos, igualmente, a nossa perceção ao palmilharmos as cidades ou os seus subúrbios.
No entanto, também ficará na memória da maioria a forma insensível como este governo foi reduzindo drasticamente os apoios sociais aos mais pobres. Com um impacto particularmente obsceno nas crianças, setor etário onde a progressão da pobreza se fez de forma mais acelerada.
O «Expresso» trouxe agora mais uma confirmação dessa realidade: nos últimos anos 79,9 mil menores de 18 anos perderam o acesso ao rendimento mínimo de inserção, que era para a maioria deles a única barreira de proteção contra a condenação à miséria mais extrema.
Como será possível que muitos dos governantes responsáveis por este terramoto social se digam católicos e até porventura pertençam à Opus Dei?
Se lhes sobrasse um pingo de vergonha muito teriam de se penitenciar com o sofrimento causado nos mais pobres de entre os pobres dos seus concidadãos!

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