quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A aposta no mau e barato!

Portugal “low cost” é o título do texto hoje publicado por Daniel Oliveira na edição diária do «Expresso» e o tema é o candente “aumento” do Salário Mínimo Nacional agora aprovado com a cumplicidade de uma UGT, que comprova a condição de muleta do patronato em vez de cumprir a função de defender o interesse de quem diz representar. 
Quer a UGT, quer a CGTP, teriam a obrigação de garantir a reaproximação desse Salário Mínimo aos 585 euros, valor equivalente ao do verificado em 1974, quando ele foi criado. E deveriam bater-se para que o bónus de 0,75 pontos percentuais na TSU oferecido aos patrões não significasse um encargo a ser imposto pelas nossas reformas.
Para o jornalista o desagrado de Bruxelas com o descongelamento desse valor representa a continuidade da aplicação em Portugal de um modelo económico apostado em explorar uma mão-de-obra paga abaixo do limiar da pobreza e em desrespeito das condições exigíveis de higiene e segurança. “Um exército a produzir mau e barato”.
Muito embora surjam sinais contraditórios de políticos europeus já convencidos de quanto será necessário infletir de vez as estratégias impostas experimentalmente nestes últimos anos aos países mais fragilizados pela crise despoletada em 2008, ainda sobram em Bruxelas e Estrasburgo muitos defensores das lógicas austeritárias.
Razão mais do que justificativa da urgência para correr definitivamente com este governo tecno(de)formado substituindo-o por quem está decidido a, cá dentro e lá fora, bater o pé a quem nos quer cingir ao modelo “low cost” de que fala o artigo de Daniel Oliveira.

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