sexta-feira, 22 de agosto de 2014

As cumplicidades políticas dos banqueiros ... mas também as jornalísticas!

Há um conjunto de jornalistas em Portugal, que mereceriam ser acusados de cumplicidade com as falcatruas praticadas no BPN, no BPP ou no BES. É que as comprovadas vigarices praticadas nas instituições lideradas por oliveira e costa, joão rendeiro ou ricardo salgado não mereceram apenas o beneplácito do poder político … que, por isso mesmo era amplamente recompensado, como se viu na investigação do «Diário de Notícias», quando denunciou as verbas “investidas” pela família Espírito Santo na campanha de cavaco silva. Não haveria este de chegar a Belém, se ungido pelos dinheiros dos banqueiros, conseguia aplicar na campanha muito mais dinheiro do que Mário Soares ou Manuel Alegre?
Tudo o que se possa dizer sobre eventuais aproximações entre a banca e o Partido Socialista é uma mera cortina de fumo para esconder o essencial: os que se consideravam donos disto tudo sabiam-se (e sabem-se) bem representados pelo PSD e pelo CDS e era para esses partidos que canalizavam os seus apoios na convicção de conseguirem um retorno bastante vantajoso de tais investimentos.
Essa cortina de fumo é lançada pelos tais jornalistas, que tanto contribuíram em fazer desses mesmos salgados & Cª umas pessoas respeitáveis e gestores de génio sem os quais o país só poderia parar!
Os camilos lourenços (novamente a lançar o seu veneno na televisão estatal), os josés gomes ferreiras e uma grande parte de quantos escrevem sobre economia no «Expresso», no «Diário Económico» ou no «Jornal de Negócios» foram os cúmplices ativos de uma mistificação contínua destinada a fazer crer na bondade do capitalismo e dos capitalistas nacionais.
Devemos a eles os cortes nos ordenados e pensões, a perda de direitos e regalias que julgávamos irreversíveis na saúde ou na educação, porque a continuação do enriquecimento de uns implicava dar cabo do Estado Social aos demais. E, no entanto, eles aí continuam a fazer crer que a sua visão do mundo é legítima.
Mas é claro que não é! Numa luta de classes, que se agudiza entre os que tudo querem e os que pouco têm, eles estão do lado errado da trincheira… mesmo que muito bem pagos para continuarem a servir de tropa fandanga aos suspeitos do costume...


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