domingo, 27 de julho de 2014

A Lei de Murphy aplicada a Seguro

A semana de campanha para as eleições no Partido Socialista voltou a ser penosa para os militantes orgulhosos do património do Partido e que veem o seu ainda secretário-geral comportar-se de forma indigna para quem ocupa essas funções.
A propósito do lamentável espetáculo dos ferrinhos em Condeixa houve quem comentasse o facto de, em tempos, Mário Soares também ter agido de forma aparentemente semelhante. Mas o azar para Seguro é que desculpava-se ao fundador do Partido os seus desvios à gravitas inerente a um líder partidário, porque ele já adquirira junto do eleitorado a complacência carinhosa de quem o tratava de «bochechas».
Pode-se não concordar com a natureza dos comportamentos, mas há quem se dê à graça e todos riem do seu jeito e há os que o tentam imitar e soam a grotesco. Seguro conta-se entre estes últimos: pode querer imitar alguns modelos, que conseguiram ter sucesso na vulgarização dos seus gestos - o caso do «paulinho das feiras» constitui um deles por muito que o queira negar - mas tudo lhe sai mal.
Desde que essas imagens, logo tornadas virais nas redes sociais, começaram a ser conhecidas, qualquer militante tem de passar pelo incómodo de as ver repetidamente exibidas em tudo quanto é programa de televisão apostado em explorar vertentes humorísticas. E só ter como paliativo a ideia de que tudo não tem passado de um ciclo lamentável, em breve substituído por outro mais conforme com o que se espera do maior Partido português.
Mas este sábado não foi mais bonançoso para o ainda secretário-geral: para contrariar a imagem das centenas de participantes na Convenção de Aveiro não arranjou melhor alternativa, que não fosse a visita à quase desértica feira do Baião, na companhia do respetivo presidente da câmara, e fechar-se depois no hotel local para falar online com oito interlocutores ao mesmo tempo.
Por muito que alguns canais tudo fizessem para diluir essa diferença, ela mediaticamente gritante.
Mas que tinha Seguro a dizer a quem se dispusera a participar naquela charla? Nada de substantivo!
Uma jovem emigrante no Brasil questionou-o sobre a questão dos jovens muito qualificados, que o país desperdiçou obrigando-os a procurar futuro noutras latitudes, e o melhor que Seguro conseguiu articular foi a impossibilidade de lhe arranjar emprego, mas que, enquanto primeiro-ministro, iria fazer todos os possíveis para que todos pudessem voltar.
Confirmava-se uma vez mais a imagem de que tudo o que diz está colado com cuspo, sem mostrar um conhecimento consistente dos dossiês sobre os quais se pronuncia.
E. de facto, sempre que abre a boca para dizer o que pensa do país, da economia e da situação em que vivem os portugueses, é para repetir sempre a mesma coisa, que de substantivo nada tem.
Por isso mesmo um comentador escrevia num jornal, que António José Seguro ilustra na perfeição a conhecida Lei de Murphy: tudo o que lhe pode correr mal, acabará de facto por acontecer-lhe!


Sem comentários:

Enviar um comentário