segunda-feira, 30 de junho de 2014

A pedra-de-toque que distingue António Costa do inseguro líder!

Por muito que haja quem tente convencer-nos quanto a não existir grande diferença ideológica entre António José Seguro e António Costa - outro António, o Vitorino, andou a afirmá-lo na SIC Notícias! - ela existe e é de monta. Melhor ainda: entre os dois candidatos à liderança do Partido Socialista a pedra-de-toque que os distingue é essencial, porque determinante quanto à estratégia a seguir para mudar o futuro do país.
Essa pedra-de-toque tem a ver com a forma como se diagnosticam as causas que conduziram ao memorando de 2011 assinado com a troika.
Infelizmente vemos ainda alguns socialistas a comprarem a “narrativa” da direita e a sentirem-se confortados com ela. Assim, o PS liderado por Sócrates teria sido despesista e teria conduzido o país à bancarrota.
Que passos coelho e paulo portas - mesmo conscientes da falsidade dessa atoarda! - utilizem tal argumento até à exaustão, compreende-se! Afinal, o governo de Sócrates, com o plano tecnológico, com a requalificação dos recursos humanos, com o simplex, com a aposta nas energias renováveis e em tantas outras iniciativas, criou uma dinâmica de modernização, que só pode assustar os que consideram conveniente o empobrecimento e a desqualificação dos portugueses como forma de concretizarem o seu projeto ideológico. Mas que haja socialistas a subscreverem essas teses - e esse é o caso de António José Seguro e dos seus apoiantes! - diz bem da necessidade de o Partido vir a, futuramente, dar uma atenção muito porfiada à comunicação interna com os militantes, porque só a intoxicação informativa de alguns media e uma cegueira perante a realidade poderá justificar a existência desses equívocos.
A menos que - e dando aí razão a Mário Soares! - que o Partido contenha no seu interior uns quantos militantes até alcandorados às estruturas dirigentes, que em nada coincidam com um pensamento socialista!
Em suma, e como diz João Galamba na sua crónica de hoje no «Expresso», quem pensa assim nunca conseguirá verdadeiramente criticar e opor-se às políticas deste governo”.
É por isso que a tal pedra-de-toque define basicamente isto: se fosse o candidato do Partido Socialista ao cargo de primeiro-ministro António José Seguro limitar-se-ia a servir-lhe de mera alternância. Como diria o príncipe Salinas no «Leopardo» de Lampedusa, mudar-se-ia alguma coisa (apenas uns quantos rostos!) para que tudo ficasse na mesma. Ou seja, a austeridade pura e dura, os cortes no que resta do Estado Social e a expectativa (nunca demonstrada) que, com menos custos e menos proteção dos trabalhadores pelas leis laborais, a iniciativa privada transformaria Portugal num novo Canãa, de cuja terra jorraria o leite e o mel!
Ora o que os portugueses necessitam não é de uma alternância, mas de uma verdadeira alternativa! E essa é a proposta por António Costa, que apresenta uma agenda de transformação do país para dez anos em que se procurarão resolver as verdadeiras razões estruturais, que estiveram na origem da crise. Não há pois que deixar equivaler sequer o pensamento de um com o do outro. Em Seguro sobra a maledicência e a retórica vazia, que julga serem os polos de interesse dos militantes e simpatizantes. Em Costa o discurso é dirigido a todos os portugueses e visa demonstrar-lhes que existe uma solução efetiva para o país e um Partido Socialista forte e com a consistência de quem sabe a direção a seguir. Porque é isso que os portugueses verdadeiramente querem: não sabem por onde vão, mas não querem ir por onde passos e Seguro os têm conduzido!


Acossado no seu bunker Seguro continua sem querer entender as causas da crise!

Num texto de ontem («Meia dúzia de características que definem o mau líder!») prometi voltar à caracterização que alguns influentes “opinion makers” vão publicando a respeito da luta pela liderança no Partido Socialista, utilizando para tal a edição em papel do semanário «Expresso».
O recurso a esta metodologia tem a vantagem de entender como tais posições vão refletindo o estado de alma da generalidade dos portugueses a respeito das opções propostas pelo Partido, e que lhes poderá oferecer a desejada alternativa.
Para já - e não é crível que a situação mude até à resolução definitiva deste confronto! - a maioria está esmagadoramente com António Costa.
Pretende-se medir pelo número de militantes e simpatizantes, que comparecem às ações de campanha de um ou de outro? Compare-se então as vastas e repletas salas onde António Costa discursa com as bem mais pequenas e incompletas por onde António José Seguro vai semeando as suas banalidades.
Quer-se avaliar o discurso de um ou de outro? Onde António Costa tem um discurso construtivo baseado numa agenda política para dez anos destinada a resolver os problemas estruturais por que passa a economia portuguesa, responde Seguro com a fácil maledicência e com o oportunismo mais rasteiro como as da patética comparência numa festa popular na zona de Viana do Castelo em que, acolitado pelo presidente da câmara dessa cidade, demonstrou que  a célebre golpada ensaiada por carlos abreu amorim, quando se associou a uma excursão a Fátima de uns quantos gaienses.
Será expectável que, nas próximas semanas, Seguro continue a iludir a falta de apoio dos militantes e simpatizantes, comparecendo em festas para que não tenha sido propriamente convidado. Mas onde quererá abraçar e beijar quantos tiverem o azar de lhe passarem por perto!
Quer-se, enfim, comparar a qualidade dos apoios de um e de outro? Onde Costa conta com uma significativa percentagem dos fundadores do Partido (muitos deles a lamentarem a falta de ética e de aversão ao significado do que significa ser socialista, que viria a revelar um tão lamentável sucessor!), dos deputados, dos dirigentes federativos, concelhios e de centenas de secções do Partido, vê-se Seguro isolado e obrigado a recorrer á golpada das primárias, ideia que muitos dos seus defensores nunca pensariam poder vir a ser desvirtuada para a tentativa de «chapelada» ensaiada a partir do Rato.
Comecemos, então, pelo que assinou Pedro Adão e Silva a respeito do que designou como «A Política Calvinbol»: a exemplo da maioria dos que observam de fora o que se passa no Partido ele vê “uma direção que se entrincheirou num bunker estatutário do qual ameaça não sair. Face a uma derrota política anunciada, alteram-se as regras do jogo, inovando - não vá alguém enfadar-se com o modo administrativo de fazer as coisas - e torna-se o presente imprevisível e o futuro incerto.”
É uma conclusão que não escapa à maioria dos portugueses: adivinhando a derrota em campo, Seguro apostou num truque de secretaria. Por isso mesmo a imagem, que se lhe cola é de alguém desesperadamente agarrado ao poder e disposto a todas as trapacices para o conservar. Entre Seguro e o indecoroso presidente da Liga de Futebol vai uma semelhança, que é bem elucidativa sobre o tipo de caracteres (ou de falta deles), que têm conseguido ascender a lugares de topo das suas organizações. Um e outro condizem com o país de passos coelho, que a maioria dos cidadãos quer ver sacudido por uma varredela, para se tornar novamente respeitável.
Terá Seguro a ilusão de que ainda chegará a primeiro-ministro, mesmo que as suas manigâncias conseguissem chegar a bom termo para as suas aspirações?
É claro que teria sempre a desculpa que já está em todos os seus discursos (“a culpa é do António Costa!”), mas mesmo ele, na sua cegueira narcísica teria de reconhecer no desprezo dos eleitores pela sua candidatura, que nunca houvera sido senão uma réplica do célebre sapo da fábula de La Fontaine, que quis inchar para atingir a dimensão de um bovino e estoirou antes de o conseguir!
Por muito que saia do Palácio da Praia e ande aos beijos e abraços aos que teimam em vê-lo como quem não é (um líder), Seguro não deixa de ser, segundo o texto de Pedro Adão e Silva, um homem entrincheirado no seu bunker.
Já a abordagem de Daniel Oliveira segue outra lógica: a da impossibilidade de Seguro prometer outro tipo de política, que não seja a já implementada por passos coelho, tendo em conta a similitude com que ambos diagnosticam a origem da crise, que conduziu ao memorando com a troika: “o erro de Seguro não foi o seu afastamento em relação ao legado socratista. O erro foi ele atribuir a esse legado as causas da nossa crise económica.(…) Porque a crise vem de outro lado, tem outras e explica-se de outra forma.
Se Seguro acha que esta crise resulta de Sócrates, tem três consequências lógicas: que a crise é essencialmente nacional, e não europeia; que ela nasceu do endividamento público e não da desregulação do sistema financeiro e, por cá, da enorme dívida externa privada; e que ela resultou de um excessivo peso do Estado. Se Seguro acha isto tudo, não terá, em coerência, outro remédio senão apresentar as mesmas propostas da direita para sair desta crise: uma recuperação centrada na redução da despesa pública, que nunca poderá poupar o Estado Social, e uma aceitação do statu quo europeu.”
Conclusão evidente: a vitória pequenina nas europeias e a mais que ambígua nas autárquicas mais não foi do que a sensação para os eleitores, em como Seguro nada de substancial fará em relação ao que passos coelho tem feito. Nunca será senão mais do mesmo! E, por essa mesma razão, Seguro nunca conseguirá chegar a primeiro-ministro!
Por isso mesmo os socialistas têm, nesta altura, um desafio a vencer: erradicar esta direção, que os conduziria inevitavelmente à derrota e à pasokização do Partido, para que os portugueses possam, enfim, aceder à alternativa por que têm almejado desde que começaram a sentir o ferrete das políticas austeritárias!


domingo, 29 de junho de 2014

Meia dúzia de características que definem o mau líder!

Uma conclusão lapaliciana leva-nos facilmente a concluir que o «Correio da Manhã» não se confunde com o «Expresso», nem os leitores de um correspondem propriamente aos do outro. Enquanto o matutino da Cofina se tem descredibilizado ao longo dos anos com a sua obsessão patológica por José Sócrates, alvo de estimação das suas difamações, insultos e mentiras, o semanário da Impressa constitui um órgão de importância fundamental na nossa democracia apesar de ser detido por um dos fundadores do PPD.
É esta credibilidade, que o tornam particularmente influente na criação da opinião informada nos estratos sociais mais abonados e cultos, aqueles que tendem a arrastar a restante sociedade para os seus valores e opções. Por isso mesmo questiono-me, ao ler as colunas de gente tão insuspeita, quanto respeitada como o são Miguel Sousa Tavares, Fernando Madrinha, Pedro Adão e Silva ou Daniel Oliveira, como serão entendidos por António José Seguro e os seus apoiantes. Particularmente no mesmo dia em que a maioria dos fundadores do Partido subscreve uma inequívoca manifestação de apoio a António Costa!
Não estarei muito longe da verdade ao prever que os mais fanáticos seguidores do ainda secretário-geral se queiram iludir, realçando a coincidência de Ricardo Costa continuar a dirigir o jornal depois de ter colocado o seu lugar à disposição dos seus patrões!
Mas gente com um palmo de testa ainda poderá acreditar que bastará esse mesmo diretor assobiar e logo jornalistas ou intelectuais com o perfil dos referidos quatro se ponham logo a tecer loas ao irmão e a inventar aleivosias a respeito do seu adversário?
Que os antóniosgalambas e os euricosbrilhantes assim creiam ainda vá que não vá. Mas gente com a responsabilidade e a experiência de Maria Belém Roseira, Carlos Zorrinho e Alberto Martins alinharem pelo mesmo diapasão já faz repensar sobre a avaliação que deles fizéramos anteriormente.
Mas que dizem esses quatro colunistas e que imagem ajudam a consolidar na opinião pública sobre a atual crise no PS? Cinjamo-nos por ora a dois deles, deixando os textos de Pedro Adão e Silva e de Daniel Oliveira para outro artigo posterior.
Fernando Madrinha escreve: “o mais penoso, porém, é mesmo o discurso de um secretário-geral  que, tendo explicado que se ‘anulou’ durante três anos para manter a unidade do PS, não cessa de surpreender com as opiniões que até agora escondeu.
Foi preciso ser desafiado por Costa para se lembrar de revelar o que pensa dos governos de Sócrates, percebendo-se, enfim, que pensa mais ou menos o mesmo que Passos e Portas. Ou pior ainda, pois diz agora que nem teria assinado o memorando da troika, o qual foi subscrito, não só por Sócrates, mas também pelos partidos da maioria hoje no poder.
O país teria certamente apreciado que o líder do PS dissesse o que tinha a dizer há três anos, separando as águas e assumindo um discurso coerente. Com esta tendência para se anular durante tão longos períodos, omitindo hoje e lembrando amanhã apenas o que lhe convém, presta um mau serviço. E dá triste notícia da ética e dos valores que tanto apregoa.”
Segundo o jornalista, António José Seguro pode assim ser caracterizado como:
· dissimulado e incoerente, porque reconhece ter escondido as suas verdadeiras convicções durante três anos;
· não socialista, pois tem as mesmas opiniões que passos coelho e paulo portas;
· sem a ética e os valores, que usa e abusa no discurso, mas não comprova na prática;
Miguel Sousa Tavares escolhe, por seu lado, a riqueza das metáforas para traçar outro retrato pouco lisonjeiro do António libertado da gaiola:
“No Largo do Rato, as hostes do triste Seguro multiplicam os golpes baixos, as jogadas rastejantes e todas as batotas possíveis para que o seu irradiante líder possa continuar a sonhar (vá lá saber-se porquê) que o seu destino é governar-nos. O homem prefere afundar o navio do que ceder o comando em luta frontal. Queimará as bandeiras, destruirá os mastros e o leme, passará pela espada os traidores e, quando tudo estiver perdido, anos e anos de navegação cautelosa e furtiva assim tornados inúteis, sabotará o navio com todos a bordo. Deve ser aquilo a que ele chama ser líder da oposição. E se, porventura, sair vitorioso da refrega, subirá à ponte de comando da nau destroçada e à deriva, contemplar-se-á ao espelho e perguntará orgulhoso: «Diz-me, espelho meu, há alguém mais capaz do que eu?»
Segundo o autor do «Equador», António José Seguro;
· tem apoiantes batoteiros peritos em golpes baixos e jogadas rastejantes;
· é megalómano, porque, além dele e dos seus apoiantes, ninguém consegue perceber a sua presunção quanto às capacidades para vir a ser primeiro-ministro;
· é inimigo do Partido Socialista, porque não se importa de o destruir se esse for o custo a pagar pela sua teimosia;
Em dois textos muito elucidativos temos, pois, a caracterização do retrato de Seguro em seis tópicos sintéticos  que coincidem com a forma como a maioria dos militantes e simpatizantes socialistas veem hoje o líder, que lhes coube na desdita neste período crucial da vida dos seus concidadãos.
Quanto tempo ainda faltará para que os que ainda dão a Seguro a ilusão da sua “grandeza” se convençam em como esta imagem consolidada não se descolará do íntimo dos eleitores por muitas trafulhices, que estejam dispostos a utilizar nas suas oportunistas primárias? E que querer bem ao Partido e ao país só pode significar um inequívoco apoio à nova liderança para que António Costa se disponibilizou!


sexta-feira, 27 de junho de 2014

João Galamba volta a pôr a Maria Luís à nora!

Como é abissal a diferença de inteligência e de conhecimento aprofundado do que fala entre João Galamba e o seu homónimo (de apelido) a quem o António José Seguro tanto acarinha...
O Partido Socialista deve mostrar a qualidade deste Deputado com D bem grande. Este é o futuro do Partido juntamente com outros excelentes deputados que, por coincidência, estão todos com António Costa! 
Eu ateu me confesso mas devo dizer que deus nos livre de so ter substituídos pela falta de qualidades dos cabeças de cartaz do ainda secretário-geral! Com raras exceções todos eles assustam!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Uma seleção à altura dos seguristas!

Há quem não goste de ver paralelismos entre o futebol e a política, mas a seleção portuguesa a jogar contra o Gana, é inevitavelmente comparável com António José Seguro e os seus apoiantes: ganha por poucochinho a adversários, que deveria golear e não mostra nem capacidade, nem energia, nem competência para fazer melhor do que isto.

Perante um balanço tão frouxo é inevitável pensar no sucedido com a seleção italiana: ainda antes de deixar terras brasileiras já o treinador e o presidente da federação se demitiram. Mas esse é o mesmo país onde Enrico Letta também estava a contentar-se com pouco e Rienzi saiu premiado nas europeias com mais de 40% de votos contra o palhaço Grillo e o patético Berlusconi.
Que Paulo Bento também não se queira demitir condiz com o país onde António José Seguro preferirá destruir o PS a sair de cena como lhe pede a maioria dos militantes!


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Eles sabem-se derrotados, mas não desistem de fazer mal ao PS e ao povo português!

No dia-a-dia os amigos, que me sabem entusiasmado com a mobilização a favor da candidatura de António Costa para secretário-geral do Partido Socialista e para futuro primeiro-ministro de Portugal, perguntam-me com alguma frequência:
- Mas acreditas que ele vai conseguir dar a volta a todas as desonestidades que o Seguro tem evidenciado nestas últimas semanas?
Normalmente justificam as inquietações - eles que também anseiam pela alternativa política proposta por António Costa - com a blindagem operada por este último aos estatutos, na previsão de que, mais tarde ou mais cedo, os militantes e simpatizantes socialistas avaliariam pelo seu justo valor a “qualidade” do seu desempenho.
Ontem acrescentaram mais um argumento para os seus receios: a cena vil que viram desenrolar-se à porta do edifício onde a maioria da Comissão Nacional se voltou a desqualificar com a negação dos anseios dos militantes e onde uma energúmena insultou António Costa e se abraçou depois a um agradecido António José Seguro. Se este último, ou quais dos seus apoiantes que prepararam tal provocação, julgavam assim ganhar votos só ainda pior se caracterizaram aos olhos de quem assistiu a tão lamentáveis atos pelas televisões.
Mas a melhor resposta às estratégias dos apoiantes do ainda secretário-geral foi a que António Costa deu com a entrevista a Ana Lourenço na SIC Notícias: demonstrando ter um discurso articulado e consistente para a rutura que o país deve fazer com os últimos três anos, também revelou a elevação com que encara o presente desafio. Bem poderão os seguristas multiplicarem-se em peixeiradas, que só darão razão a Miguel Sousa Tavares quando as considerou uma óbvia evidência do desespero que reina nas suas hostes.
A entrevista em causa foi elucidativa quanto ao facto de existirem duas formas diametralmente opostas de fazer política: aquela que a honra e contribui para a sua credibilização e essa é a das ideias esclarecidas, coerentes e indiferentes ao vozear abjeto dos medíocres que a tentam descredibilizar, e a outra, feita de tacticismos circunstanciais em que ora se é contra as primárias, ora se as abraça com entusiasmo mais que suspeito. Ou ainda quem é capaz de uma afirmação tão irresponsável como a proferida numa lamentável entrevista à Rádio Renascença em que se afirma sem pinga de vergonha, que acaso ocupasse o lugar de primeiro-ministro em 2011, não teria assinado o Memorando da troika.
Perante uma ostensiva escusa a colocar-se ao nível a que os seus opositores se têm continuamente rebaixado, António Costa mostra como é bem diferente o seu projeto em relação ao que a atual direção tem assumido.
A confiança com que descanso os meus amigos tem a ver com isso mesmo: os seguristas querem três debates? É claro que dependerá muito da isenção dos moderadores escolhidos para eles, mas falho de argumentos e incapaz de uma Visão, que não vai além do populismo imediato - a inenarrável proposta de redução do número de deputados - como poderá Seguro equiparar-se em retórica com conteúdo ao de António Costa? Só os seus apoiantes acreditam nas suas fórmulas enfáticas que vistas com alguma atenção se revelam ora contraditórias, ora vazias de conteúdo!
Mas outro argumento dá razão ao meu otimismo: o apoio sucessivo das Federações. Nos últimos dois dias pronunciaram-se mais duas e deram larga maioria à exigência de Congresso e Diretas Já! Em treze já dez optaram por essa posição e, por exemplo, na de Setúbal, outrora tão afeiçoada a Seguro, o resultado ficou-se pelos 36-33 com muitos a votarem ao contrário da vontade das suas próprias Concelhias!
Perante tantas derrotas sucessivas em que acreditarão ainda os apoiantes de Seguro? Que estes três meses desmotivem miraculosamente os de António Costa? Que consigam inscrever centenas de “simpatizantes” a troco de algumas promessas fúteis para contrariarem a dinâmica que os esmaga cada vez mais?
Voltando à mesma entrevista, António Costa deu a resposta adequada: os “sindicatos” de voto de nada valerão contra os muitos milhares de socialistas, que são donos de si mesmos e irão votar de acordo com a sua consciência. E perante as torpezas de quem o quer denegrir não será difícil imaginar qual será o desiderato de todo este processo.
Obviamente que isso não irá descansar quem quer uma votação transparente, sem nada que as desvirtue. Por isso mesmo em todas as secções de voto - e sobretudo na que se verificar por internet - teremos de ser particularmente vigilantes. Porque, havendo quem esteja em liça por dever de cidadania e de espírito de serviço, já se viu sobejamente que esse está longe de ser o caso de quem se vê à beira de perder as suas douradas ilusões...


terça-feira, 24 de junho de 2014

A diferença que vai de Maria Callas a Natália Carvalho

Não sendo verdadeira a tese defendida por alguns segundo a qual não existem diferenças ideológicas de tomo entre António Costa e António José Seguro - se a elas atendermos vai um enorme abismo entre a consistência do primeiro e a inconsequência contraditória do segundo - até a poderíamos aceitar que, ainda assim, logo outra pedra-de-toque as trataria de separar.
É isso mesmo que faz José Manuel dos Santos, antigo assessor dos presidentes Mário Soares e Jorge Sampaio, que aceitando de barato essa tese, comenta no «Público» com uma mordacidade inteligente: “Há programas comuns, mas a mesma partitura cantada pela Maria Callas ou por Natália Carvalho é diferente, depende do talento de quem canta.”
De facto, para quem aprecia ópera, quem aceitaria que, por exemplo, Dulce Pontes fosse cantar o «Dueto da Flor» da «Lakhmé» com a Elina Garanca ou com a Anna Netrebko?
Bem podiam a mezzo soprano letã ou a soprano russa apurarem ao máximo as suas notáveis capacidades vocais, que a eventual parceira lusa, conhecida pelos seus garganteios exagerados, conseguiria dar cabo da habitual magia dessa ária, quando interpretada por cantoras líricas competentes.
Por isso faz todo o sentido a frase publicadapor Lurdes Feio na sua página do Facebook ao considerar que “a principal culpa de alguns incompetentes não é o facto de falharem sistematicamente os objetivos traçados, mas sim continuarem convencidos de que são muito competentes.“
Que melhor frase se ajusta ao ainda secretário-geral do PS?
Provavelmente a cantora lusa estaria disposta a acreditar.se capaz de enfrentar aquele hipotético desafio, mas qualquer amigo mais lúcido depressa a dissuadiria da futilidade da sua ambição.
É um amigo dessa estirpe que anda a fazer falta a António José Seguro. A exemplo da Natália Carvalho ou da Dulce Pontes torna-se quase universal a constatação em como ele não possui as qualidades e o conhecimento necessário para vir a ser primeiro-ministro de Portugal.
Até pode parecer que veste, posa e fala como um secretário-geral, mas soa a falso, a algo de postiço a que não se atribui qualquer importância. Por isso mesmo converte-se no alvo preferencial dos dichotes de quem ganha a vida a comentar ou a satirizar a atualidade política.
Ter chegado a secretário-geral do maior partido português já representou um erro de casting, que os portugueses têm pago demasiado caro, porquanto, com outro líder mais credível, o consulado de passos coelho nunca aqui deveria ter chegado. Poupar-se-iam, por certo, uns quantos cortes, que têm sido vividos com tanto sofrimento por quem os viu a si aplicados.
A “vitória” deste domingo na Comissão Nacional foi mais um exemplo dos tiros de ricochete com que ele acabará fatalmente perfurado no final deste processo. Porque, como constata  um jornalista do «Público» “a imagem que passa é a de um líder sem capacidade política de defender o seu mandato e que se escuda em formalismos jurídicos.”
Mas a derrota maior será a progressiva afirmação de António Costa como incontornável líder do Partido Socialista às próximas legislativas. Porque até o irregular Miguel Sousa Tavares comentou no «Expresso»:  “só o simples facto de termos ouvido alguém a pensar política para lá do espesso nevoeiro destes longos dias que já levam três anos acumulados foi um sopro de brisa fresca nesta escuridão sem horizontes em que temos vivido.
E quanto a estes estatutos blindados por Seguro para perenizar o seu futuro à frente do PS é o próprio  António Costa quem garante que “certamente, mais tarde ou mais cedo, os militantes vão poder voltar a exercer a sua voz e vão querer fazer as escolhas e as opções políticas que democraticamente devem fazer, porque é assim que acontece num partido democrático”.
De facto, estas regras internas são tudo menos democráticas, porquanto tentam travar que a vontade dos militantes se sobreponha às dos que se julgam donos do Partido!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

O desenho que falta levar a António José Seguro

Teresa de Sousa assinou um excelente texto na edição de domingo do «Público» intitulado «Os Socialistas Europeus de Rienzi a Costa» e em que considera pertinente atender a “uma nova geração de líderes de centro-esquerda mais abertos ao mundo em que vivemos.” Nomeadamente a Rienzi, o novo primeiro-ministro cujos primeiros meses de governação bastaram para suscitar o entusiasmo dos italianos e a assegurar a decadência do efémero sucesso do palhaço Grillo e das manhas de Berlusconi.
“Mas isso não o dispensa, nem a ele nem a Manuel Valls (uma escolha de Hollande que vai no mesmo sentido), nem a outros líderes europeus de centro-esquerda de encontrar um novo programa que consiga integrar a globalização económica e a emergência de um quadro competitivo mundial muitíssimo mais exigente. Caso contrário, continuará a ser a extrema-direita a capitalizar o descontentamento dos que são mais afetados pelas mudanças mundiais.” 
É nesse enquadramento, que a jornalista aborda a atual disputa pela liderança do Partido Socialista onde dá por terminado o tempo de António José Seguro.
Nessa terceira parte do seu artigo, Teresa de Sousa merece ter reproduzido na íntegra o seu texto, tão eloquente ele se revela sobre o que está hoje em jogo no maior partido português.
A propósito do ainda secretário-geral ela diz que “já muita gente tinha percebido que não tinha condições para liderar o PS. A forma como encarou o desafio de Costa foi a prova definitiva. Um líder diria, pura e simplesmente, “vamos a isso”. Precisamente aquilo que ele teima em não dizer, invocando os estatutos a torto e a direito, enquanto os seus próximos se dedicam a uma campanha contra Costa que de decente ou de político não tem nada.”
Basta ter presentes as imagens dos que, provavelmente orquestrados por José Luís Carneiro - o «autor» do desastre autárquico no distrito do Porto  - foram para a porta do edifício onde reuniu a Comissão nacional para vaiar António Costa e bater palmas a Seguro. Essa cena, que passou nas televisões é daquelas que se vira contra os seus promotores, porque dão da campanha de Seguro uma imagem trauliteira e fazem de António Costa o político com a elegância e a superioridade moral, que nunca se permite descer a manobras tão rasteiras!
Mas Teresa de Sousa continua a alinhar as razões porque António José Seguro já é um mero vulto na paisagem, incapaz de dela emergir como protagonista: “Por mais que o secretário-geral socialista eleve o tom de voz e faça cara de mau, não consegue mudar a ideia que as pessoas têm dele. O seu passado e o seu caminho para a liderança nunca saíram para a luz do dia. Nunca enfrentou um combate político a sério. Escudou-se no aparelho e nos estatutos. Quando se viu desafiado, mandou os seus próximos acusar Costa de traição, apresentando-o como vítima (o que não é propriamente a matéria de que se fazem os líderes) ou de ser o novo Sócrates. O problema é que isso já não colhe. Deixar o PS a desgastar-se numa luta interna sem qualquer propósito é um preço que não lhe será perdoado.”
E, de facto, depois destes meses, que nos distanciam da resolução definitiva deste confronto político, Seguro ficará com a sua imagem definitivamente manchada para que possa vir a ser considerado para o que quer que seja no futuro do Partido: um suposto líder que não ouve os mais proeminentes políticos socialistas - que constituem até a sua reserva moral - e, por interesse próprio, procura dilatar o mais possível o seu definitivo encontro com a irrelevância, só merecerá a expiação a que a indignação de milhares de militantes lhe imporão.
Para Teresa de Sousa, António Costa limitou-se a fazer o que constituía um imperativo destas presentes circunstâncias: “Com a “derrota” das europeias, sabia que tinha o dever de se candidatar, sob pena de ficar com um problema de consciência para o resto da vida. Pode ganhar ou perder, que sobreviverá bem consigo próprio. Mas, de alguma maneira, já é o rosto da liderança do PS para as legislativas de 2015 e é já em função disso que a coligação que nos governa está a adaptar a sua agenda.”
O texto desarma a seguir o argumento dos seguristas segundo os quais, António Costa teria traído o ainda secretário-geral numa estratégia de vitimização, que também não costuma ser particularmente do agrado das idiossincrasias lusas: “Isto não é traição. É a vida normal de um partido político com responsabilidade de governo. Soares teve de lutar por duas vezes pelo PS em condições muito difíceis, utilizando todas as armas políticas de que dispunha: contra Manuel Serra e contra o ex-secretariado (Guterres, Constâncio, Sampaio, ou seja, a geração de luxo do PS) para manter a liderança. Venceu congressos com pouco mais de 60 por cento dos votos. Muitas vezes, teve de forçar a entrada nas sedes concelhias do PS para se fazer ouvir. Sampaio viu Guterres tirar-lhe o tapete com imensa calma, porque achava que podia ser um líder melhor. A política e não os estatutos era a questão central.
Embora o não afirme a autora do artigo é bem explícita no desprezo que lhe merecem os argumentos dos que apoiam Seguro: “ninguém pode verdadeiramente liderar o PS a partir de estatutos que ele próprio forjou para garantir a sua sobrevivência, e, muito menos, ninguém pode ser líder do PS relegando para o estatuto de inimigo o anterior primeiro-ministro socialista e dizendo, sem se rir, que Mário Soares é um militante como outro qualquer.”
A forma desrespeitosa como Seguro e os seus colaboradores mais próximos têm referenciado o fundador do Partido tem sido, aliás, bem reveladora da sua idoneidade moral. Não será esquecido pelos militantes aquele indigente deputado pró-segurista que quis mandar calar Mário Soares numa tentativa fútil: se nem a PIDE o conseguira,  era agora um néscio qualquer quem produziria tal resultado!
A concluir o seu texto, Teresa de Sousa lamenta o espetáculo a que a teimosia de Seguro obrigará os portugueses a assistir durante vários meses: “Mas não haverá grandes dúvidas quanto aos resultados. Os holofotes já se viraram para Costa, por boas e por más razões. Tudo lhe vai ser exigido, quando ele não poderá fazer tudo. Mas a sua presença vai mudar as regras do jogo político e vai tornar o debate um pouco mais respirável. Tem a força suficiente para não precisar de falar alto e, sobretudo, para conseguir estabelecer compromissos. É, de resto, essa força que lhe permite construir pontes para muitos lados sem perder as suas convicções. Não vale a pena pedir-lhe um longo programa com 100 medidas e 50 reformas porque não é isso, hoje, o essencial. O que se quer dele é que apresente um discurso que seja ao mesmo tempo realista e mobilizador, que tenha uma visão de médio prazo para o país e que vá buscar onde deve as contribuições políticas de que precisa. Tem vida para lá da vitória ou da derrota. E isso também lhe dá uma grande liberdade de espírito que, obviamente, não agrada particularmente a muitos socialistas. Também ele vai precisar de pensar “europeu” e de ajudar a encontrar uma fórmula que dê sentido à social-democracia na era da globalização. Não é o “messias” como agora lhe chamam para poder cobrar mais tarde a ausência de milagres. Mas consegue chegar às pessoas e pode mobilizar, se quiser, o que há de mais moderno e mais aberto da sociedade portuguesa. Por mérito próprio e por demérito alheio. É isso o fundamental.”
Estão assim explicadas as muitas e boas razões porque os militantes e socialistas vão estar bastante mobilizados durante as próximas semanas para impedir que o Partido seja definitivamente usurpado por quem não merece ter ascendido às funções que ainda desempenham. Com os lamentáveis resultados, que se viram nas autárquicas e nas europeias...

domingo, 22 de junho de 2014

Um Ícaro a quem as penas andam a chamuscar-se!

Na edição do «Público» de 21 de julho de 2014, Ricardo Bexiga assina um artigo de opinião intitulado «Regresso ao Passado», que é bastante revelador sobre o pensamento político dos apoiantes de António José Seguro, quer quanto à desonestidade intelectual em que são useiros e vezeiros, quer quanto à indigência de argumentos, que facilmente fazem ricochete contra quem os dispara.
Que diz então o frustrado candidato à câmara da Maia nas últimas autárquicas?
(cabe aqui um parêntesis para nos interrogarmos sobre a propensão do ainda secretário-geral para reunir na sua corte de indefetíveis uma assinalável horda de crónicos derrotados?):
António Costa representaria um regresso ao passado,, diz Bexiga, que converge com a narrativa da Direita segundo a qual José Sócrates terá sido o único responsável pela crise em que atualmente os portugueses sobrevivem!
Dando razão ao ditado segundo o qual o hábito faz o monge, o paladino do ainda secretário-geral demonstra o quanto o pensamento de direita já está bem interiorizado em si, porque mostra a vergonha que sente pela riquíssima herança deixada pelos governos de José Sócrates: uma geração de jovens muito qualificados (investimento desperdiçado por passos coelho), as apostas sérias na desburocratização administrativa (o Simplex), nas energias renováveis, na investigação científica, no combate à pobreza dos mais velhos, na sustentabilidade da Segurança Social, etc.
No seu entusiasmo pela adesão aos argumentos da direita Bexiga até consegue esquecer a crise internacional, que deitou a perder aquela herança, os condicionalismos que vinham de trás com a entrada da China nos mercados internacionais, com o alargamento da União Europeia ou com a deficiente implementação do euro - tudo razões, que conduziram ao memorando e de modo algum atribuíveis ao anterior primeiro-ministro.
Mas é sabido que não era só a Direita, nem os comunistas, nem os bloquistas a odiarem José Sócrates e a criarem uma campanha de calúnias como jamais se vira para com um político em funções em Portugal. Também dentro do Partido Socialista ia fermentando o ódio dos medíocres que, incapazes de mostrarem outro valor que não o do seu arrivismo, andaram anos a preparar a usurpação do Partido por um núcleo, que se vê agora cada vez mais sitiado no seu fragilizado território da largo do Rato.
Mais adiante Bexiga diz não compreender o que faz avançar António Costa, atribuindo-lhe apenas razões de “ambição de político profissional”.
Não deixa de ser revelador o pensamento de Bexiga sobre o “político profissional”, cujo valor deveria ser o primeiro a enaltecer porquanto servir o País só pode e deve enobrecer quem o faz com o sentido de missão.
Mas, mesmo aceitando essa espécie de anátema, o que terá levado Seguro a querer liderar o Partido apesar de não ter no seu currículo mais nada do que funções suscitadas por ser seu militante? Não terá sido também ambição? Ora, o que é nele mais aceitável em termos de ambição do que em António Costa?
Só que António Costa sempre desempenhou funções de elevada responsabilidade com grande mérito e reconhecimento - por isso mesmo os lisboetas lhe atribuíram a maioria absoluta, que negaram á maioria dos candidatos socialistas alinhados atualmente com Seguro- ao contrário do ainda secretário-geral que sempre se caracterizou por uma cinzentude sem qualquer chama em tudo quanto pôs a sua assinatura oficial.
Mas Bexiga não quer ver que a disponibilidade de António Costa não tem a ver com essa tal ambição, mas com o sentido de cidadania, que o norteou ao analisar lucidamente os resultados das europeias,
Para os muitos milhares de socialistas, que vêm enchendo auditórios por todo o país em apoio a António Costa, causa justa indignação que Seguro e os seus apoiantes não queiram reconhecer a mensagem transmitida pelos portugueses a 25 de maio: as oitenta medidas não mobilizaram o eleitorado para o projeto de recuperação da economia que o país necessita. E só um apego irresponsável ao que é apenas um arremedo de poder interno justifica que Seguro e os seus apoiantes teimem em fazer tanto mal ao Partido e aos portugueses em geral teimando em não reconhecer que não têm as capacidades e as competências exigíveis para merecerem a confiança dos eleitores nas próximas legislativas.
Quando fala de uma das grandes qualidades de António José Seguro, Bexiga lembra-me um grande senhor deste país que a propósito da que ele especifica costumava dizer que «a humildade é o apanágio dos medíocres».
Ora é essa manifesta falta de qualidades de quantos rodeiam António José Seguro, que mais impressiona nesta altura: olha-se para quem apoia António Costa e vêem-se os fundadores do Partido, os seus mais reconhecidos intelectuais e economistas e os mais reconhecidos dos seus autarcas. Olha-se para a corte do ainda líder e é um susto que logo justifica as maiores apreensões se fossem eles a continuar a conduzir o Partido mais determinante no passado recente e no futuro próximo dos portugueses.
Sem outros argumentos os Bexigas referem a votação norte-coreana de Seguro no último Congresso - como se o mundo não tivesse continuado a girar e não houvesse confirmado as suas limitações políticas e intelectuais para vir a ser primeiro-ministro - e a uma manobra desonesta, que não colhe qualquer suporte nos estatutos a que tanto gostam de se agarrar.
Os apoios crescentes e entusiásticos dos militantes de todo o país a António Costa assustam deveras estes candidatos ao seu reencontro com a insignificância mediática donde nunca deveriam ter emergido. E por isso mesmo andam a esforçar-se por inundar os jornais de libelos, que só podem convencê-los a si próprios.
Para já existe uma óbvia conclusão a retirar do comportamento de António José Seguro: além de medíocre, mostra ser um medroso que foge a medir-se com António Costa nas condições em que foi eleito.
Lamentavelmente ele tende cada vez mais a garantir um lugar muito obscuro na História do PS: a do ícaro que ambicionou chegar mais alto do que o seu saber e engenho justificavam e que, por isso, acabará por se estatelar com as asas chamuscadas.
Manifestamente a política não pode ser entregue a gente dessa estirpe. Para que não soframos com mais réplicas dos que temos suportado nestes últimos três anos.