domingo, 9 de março de 2014

POLÍTICA: Os voos de uma mulher afegã

Vinte e cinco anos depois da retirada das tropas soviéticas, Cabul prepara-se para a despedida dos americanos e dos seus aliados.A coligação militar da Nato vai abandonar o Afeganistão com a sensação de ter deixado incompleta a sua missão. Porque as feridas estão ainda muito abertas, sobretudo para as mulheres cujos direitos e educação foram restringidos ao mínimo.
Na capital elas deambulam escondidas nos seus tchadores, como se se tratassem de sombras silenciosas e passarem por entre os homens. Se oficialmente foram autorizadas a estudar e a trabalhar desde a queda dos talibãs, a realidade é que elas permanecem quase invisíveis.
E, no entanto, na base militar de Cabul há uma mulher, que se conseguiu impor: a tenente Niloofar Rahmani que, aos 22 anos, é a única piloto da força aérea afegã.
Cabe-nos questionar o que acontecerá a ela e a todas as mulheres apostadas em lutar pelos seus direitos, quando se completar a saída definitiva das forças militares ocidentais?
Elas prometem dar luta, mas parecem frágeis Davids a contas com poderosos Golias...



Sem comentários:

Enviar um comentário