sábado, 11 de janeiro de 2014

POLÍTICA: as campanhas negras e o Tribunal Constitucional

É verdade que António José Seguro não tem mostrado o carisma necessário para demonstrar que o Partido Socialista tem propostas alternativas e com substância para se mostrarem mais eficazes do que as da dupla passos/portas. Mas também é verdade que o fogo de barragem disparado pela direita contra qualquer líder socialista é continuo e orientado para desgastá-lo o mais possível.
Como se viu outrora com Mário Soares, Ferro Rodrigues e José Sócrates essa gente não mostra qualquer escrúpulo em montar campanhas insidiosas, que os retratem ao mais sordidamente possível.
O pior é quando jornalistas supostamente objetivos e honestos fazem coro com os argumentos dessa intriga. Um exemplo disso mesmo foi o de Teresa de Sousa que, num canal televisivo, veio classificar como o pior do ano a estratégia da Oposição em combater o governo através do recurso ao Tribunal Constitucional. Alinhando assim com quem pretende ao mesmo tempo desqualificar o Partido Socialista e fazer da instituição do Palácio Ratton a principal força de travão às políticas (ainda) dominantes.
Excelente foi a resposta do juiz desembargador Narciso Machado num artigo publicado no jornal onde aquela jornalista muitas vezes insere os seus textos («Público»):  “Àqueles que dizem que “ democracia só teria a ganhar se a oposição política tivesse resistido a judicializar o processo legislativo, transferindo recorrentemente para a instância política-judicial a decisão final do processo”, recorda-se que esse caminho foi o escolhido pelo próprio Governo, que optou por um ataque, sem precedentes, contra os direitos dos cidadãos, contra o TC e  contra a Constituição.
Ao TC compete-lhe não só zelar pela manutenção dos valores existentes e aceites pela Constituição, como até prosseguir a materialização de novos valores que, eventualmente, possam surgir na jurisprudência constitucional, nacional ou estrangeira.”


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