domingo, 2 de junho de 2013

POLÍTICA: A regeneração imperiosa

Na crónica desta semana no «Negócios» o artista plástico Leonel Moura  revela-se bastante pessimista em relação ao estado de degradação política e social a que o país chegou e acredita que só uma grande regeneração iniciada com o derrube deste governo poderá dar origem a uma nova realidade mais coincidente com a madrugada esperada por Sophia, esse dia inicial e limpo onde possamos verdadeiramente emergir desta noite e deste silêncio: o ambiente está podre. A grande linha vermelha está definitivamente ultrapassada. Aquela que se desenha entre a população e o poder político. Já não se trata de diferentes opções políticas, de opinião ou de jogo partidário. A situação é insustentável. Precisamos de uma regeneração. Não há outra maneira de a conseguir que não passe por derrubar este governo e partir para outra. Qualquer que ela seja. Não há nada mais importante para fazer neste momento da história deste pobre país. Tudo o resto é uma pura perda de tempo.
Em relação à opinião do artista só coloco reservas no “qualquer que seja”. Sobretudo quando noutras bandas imperam auroras douradas ou palhaços grilantes.
Porque queremos ser livres e habitar a substância do tempo importa que essa mudança tenha origem em algo para que apelou o ainda reitor Sampaio Névoa no discurso da Aula Magna durante a Conferência das Esquerdas. E que, por uma vez, os estúpidos sectarismos deem lugar a algo de verdadeiramente novo.


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