Conscientes de como é mais do que ambíguo o conceito de “raça” - tão do agrado dos colonialistas de tempos idos! - os parlamentares preparam-se para erradicar o termo de todo os textos legislativos e judiciais franceses.
É certo que há quem entenda paradoxal a existência desta preocupação exatamente quando ele é usado até à saciedade pelas estratégias de comunicação das forças antirracistas, mas faz todo o sentido tal condenação lexical para termos outrora vinculados às mais condenáveis práticas segregacionistas. E “raça” pode ser tão execrável quanto o é para um norte-americano decente o de «negro».
Azar o do reformado de Belém que tanto gosta de usar aquele termo a despropósito e vê uma tendência europeia para o desautorizar no seu já de si limitado vocabulário. Confirmando o quanto é criatura de outros tempos, cada vez mais cingidos ao veredito pouco lisonjeiro da História...
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