quarta-feira, 1 de maio de 2013

DOCUMENTÁRIO: « A Melodia do Talhante» de Amélie Bonnin


Para apresentar este filme nada melhor do que ir à página da realizadora no facebook para apreendermos o que eram as suas intenções iniciais:
Está feito.
Foram necessários dois anos bem passados para que o filme exista, para que o projeto fosse concluído.
Lancei-me na experiência um tanto ingenuamente para fazer algo por mim e pela minha família. E, depois, a ambição cresceu. Encontrei pessoas, ajudaram-me, permitiram-me realizar um belo filme. Um filme que nunca teria sido capaz de realizar sozinha.
Estou satisfeita porque levei isto até ao fim. E isso costuma ser o que de mais complicado costuma acontecer.
Aguentar, continuar, dizer-se que vai-se conseguir, evitar ter tantas dúvidas e continuar a ir para a frente.
Todos foram geniais neste projeto. Todos o compreenderam.
É claro que continua a ser um primeiro filme, com todas as suas fragilidades. Mas ele permitiu-me viver momentos que permanecerão inesquecíveis. E permitiu-me homenagear e ter vontade de continuar a fazê-lo!
Temos, então, uma família onde os homens são talhantes de pai para filho desde há cento e cinquenta anos. Até chegarmos a Christian, o derradeiro herdeiro de tal linhagem. À beira da reforma e da tentativa de vender o seu comércio colocam-se-lhe questões pertinentes. É que ele foi o sucessor do bisavô, do avô e do pai na pequena comarca rural francesa tão semelhante a tantas outras com o seu café central e o salão de cabeleireira.
Se o gosto pela profissão parece explicitar-se em cada um dos seus gestos, sobretudo na relação muito próxima com a sua envelhecida e solitária clientela, ele sabe que a hora de parar está próxima.
A grande questão é o que será do seu estabelecimento na aldeia e da carrinha móvel com que serve tantos clientes espalhados pela região e para os quais constitui o lojista mais acessível a quem já mal sai de casa.
Amélie assina um filme terno sobre o tio a quem tanto admira.

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