domingo, 6 de janeiro de 2013

POLÍTICA: Miguel Real e o medo fantasmático


No dia 4 de janeiro, e no âmbito da sua série de artigos intitulados «Que Valores para 2013?», o «Público» inseriu um excelente texto de Miguel Real intitulado «O Sentimento do Nada, a confiança e a esperança».
Porque se trata de uma abordagem bastante interessante sobre uma das principais obsessões destas páginas, aqui fica mais um trecho:
Lentamente, temo-nos tornado um povo sonâmbulo, sem alma nem esperança, roídos pelo Sentimento do Nada (…). Vivemos numa atmosfera impregnada de medo: medo no trabalho, medo nos transportes públicos; medo nas ruas; medo da polícia, por sua vez medrosa de não atingir os objetivos propostos pelo superior hierárquico; medo dos funcionários bancários, que nos exigem a prestação do carro, da casa…
Este medo fantasmático nasce da suspeita de em breve a nossa existência ser atormentada pela concretização real de um desses perigos, projetando o Nada na nossa vida, subvertendo a existência suave que tínhamos atingido após dezenas de anos de trabalho.

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