terça-feira, 22 de janeiro de 2013

BANDA SONORA: Barber - Overture to The School for Scandal



Samuel Barber  nasceu em West Chester, na Pensilvânia, em 1910. Desde muito novo recebe formação de pianista e de organista antes de estudar no Instituto Curtis de Filadélfia, entre 1924   e 1932, com Rosario Scalero, Isabelle Vengerova e Fritz Reiner, chegando também a ter aulas de canto.
Em 1928 recebe o prémio Bearns pela sua Sonata para violino. Encontra então Gian Carlo Menotti com quem estabelecerá uma longa e frutuosa amizade que o marcará significativamente.
Logo às primeiras obras conseguiu um certo sucesso: a abertura The School of Scandal (1933) vale-lhe novo prémio Bearns, seguido do Pulitzer Scholarship (1935) e o prémio de Roma (1936). Será este último que lhe permite a viagem subsequente pela Europa e a estadia em Roma durante dois anos.
A descoberta do velho continente será determinante e explicará as ulteriores ligações da sua obra às raízes europeias. A Sinfonia nº 1 (1936) será estreada em Cleveland e. logo depois, no festival de Salzburgo.
No mesmo ano o mítico Toscanini dirigirá a estreia do seu 1º Ensaio opus 12 e o Adagio para cordas, um extrato do seu Primeiro Quarteto (1936), que se transformará na sua obra mais popular.
Entre 1939 e 1942, Samuel Barber ensina no Instituto Curtis de Filadélfia até ser mobilizado para o serviço militar (1943-45).
Após a Segunda Guerra volta para a Europa como conselheiro da Academia Americana em Roma.
O bailado Medeia, composto em 1943, impõe-se graças à suite orquestral que dele retira. Wladimir Horowitz dirige a sua Sonata para Piano (1947).
Aborda o universo operático com Vanessa cujo libreto será de Menotti (1950), e será representada no Metropolitan Opera de Nova Iorque e em Salzburgo em 1958.
Em 1966 assinará nova ópera para a inauguração da nova sala do «Met» no Loncoln Center: António e Cleópatra, que revê em 1974.
As várias direções, frequentemente contraditórias, da música de Barber não permitem associá-lo a uma corrente estética bem definida: ele faz parte do grupo desses compositores norte-americanos apostados em procurar a sua verdadeira identidade sem se cingirem à herança de Charles Ives ou de George Gershwin.
A música de Barber expressa sentimentos pessoais através de um profundo lirismo valorizado pelos seus conhecimentos vocais. Essa busca do canto humano enquanto linguagem harmónica foi criticada por alguns, que o apodaram de compositor anacrónico, neo-romântico. Até por o sentirem muito ligado às formas tradicionais e à tonalidade. Tanto mais que a influência europeia o colocaram à margem dos outros compositores norte-americanos do seu tempo. Mas, ainda assim, os seus compatriotas sempre receberam muito bem a sua música pela sua imediata acessibilidade.
Após o período neo-romântico ilustrado pelo Adagio para Cordas, ele abre-se à dissonância, à politonalidade e a uma certa complexidade rítmica com o Concerto para Violino (1939).
Medeia é uma espécie de desiderato da sua liberdade criativa.
 Após um período em que se deixa tentar pelo neoclassicismo (Capricorn Concerto, 1944) ele aborda o dodecafonismo (Sonata para Piano, 1947).
A partir de 1950 sintetiza as diversas experiências anteriores, guiado pela forma e pela melodia, que se mantém enquanto elementos fundamentais da sua linguagem musical. Dizia então: Não sou um compositor com grande consciência de si mesmo: Diz-se que não tenho qualquer estilo, mas isso não tem qualquer importância.  Limito-me a prosseguir no meu caminho e acredito que isso requer uma certa coragem.

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