sexta-feira, 30 de novembro de 2012

POLÍTICA: Da Palestina à Amazónia passando por uma nacionalização francesa


Algumas das notícias de hoje são animadoras, sobretudo as vindas das estranjas. A começar pela aprovação da Palestina enquanto Estado observador das Nações Unidas, apesar dos esforços de Israel e dos EUA em evitá-lo
Muito embora sempre tenha manifestado uma adesão emotiva ao sofrimento dos judeus durante a Shoah, sinto em contraponto uma progressiva antipatia pelos seus descendentes no que se têm quase mostrado tão tenebrosamente violentos quanto os seus antigos algozes.
De França vem a possibilidade de François Hollande resolver o conflito com a grande metalúrgica indiana Mittal nacionalizando da sua unidade em Florange. É claro que os patrões franceses já andam a declarar-se chocados com tanto desrespeito pela propriedade privada. Mas queriam o quê? Que o Governo esquecesse a sua raiz de esquerda e aceitasse de ânimo leve o desemprego e o desinvestimento implementado pela multinacional indiana numa região já de si ameaçada pela globalização? Nacionalização, já!
Não me custa imaginar, que o futuro próximo obrigue os Estados a fazerem o mesmo a setores fundamentais das respetivas economias, quando se acabarem estas euforias neoliberais. Porque não é verdade que toda a reação causa forte ação? Esperem pela volta os senhores das listas Forbes e quejandas, que os Hugo Chavez serão tipo revolução cultural chinesa: desabrocham quais islandeses, que de pianinho lá vão recuperando o que os banqueiros andaram a estragar… e acabam de vez com essa treta dos mercados à solta sem freio nos dentes!
Notícia igualmente animadora a que revela ter descido para o menor nível desde 1988 a desflorestação praticada na Amazónia, quando começou a ser feita uma monitorização regular por satélites. A superfície destruída entre Agosto de 2011 e Julho de 2012 foi de 4656 quilómetros quadrados, o que equivale aproximadamente à área ardida em Portugal em 2003, o pior ano de incêndios florestais no país. Isto significa que houve uma redução de 27% em relação ao ano anterior, em que o abate de árvores tinha também chegado a um recorde mínimo, 6418 quilómetros quadrados.
Ainda não é a prevalência da ecologia sobre a ganância de madeireiros, de criadores de gado, de mineiros e de plantadores de soja, mas já é indicador de como a presidente Dilma continua a fazer a diferença no lado de baixo do equador...

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