terça-feira, 25 de setembro de 2012

POLÍTICA: O corte é brutal e definitivo!


O diagnóstico sobre a bondade das políticas do governo - desta feita já com os dados referentes a Agosto - continuam a ser tristemente elucidativos: a receita fiscal e as despesas com o subsídio de desemprego continuaram a ser (…) as duas principais explicações para a derrapagem que se está a registar na execução orçamental deste ano.
Comentando estes indicadores o porta-voz do Partido Socialista foi taxativo: Os dados conhecidos confirmam que o Governo falhou clamorosamente. A receita fiscal colapsou sobretudo nos impostos indiretos, aqueles que estão mais ligados estão à atividade económica, diminuíram as contribuições para a Segurança Social e aumentaram em 23 por cento as despesas com subsídio de desemprego. 
Dizia Sigmund Freud que de erro em erro vai-se descobrindo toda a verdade. E ela é, em cada dia que passa, cada vez mais insofismável: depois de ter rasgado todas as promessas com que convencera os eleitores a dar-lhe a maioria dos votos nas legislativas de junho de 2011, o PSD e o CDS demonstraram a sua total impreparação para lidarem com a complexa realidade em que julgaram possível implementar a sua receita ideológica. Com a subtileza de um elefante numa loja de porcelanas conseguiram virar contra si a grande maioria da população, já bem ciente de não os querer à frente dos destinos do país.
Como dizia Leonel Moura na sua crónica semanal para o «Jornal de Negócios», a partir do momento em que o poder político se reduz a um mecanismo de facilitação do capitalismo, perde-se o crédito junto das populações que são na verdade a origem e deviam ser o destino da sua ação. O corte é brutal e definitivo.

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