terça-feira, 24 de abril de 2012

MAIS UM GOVERNO DE DIREITA A IR ABAIXO


Passou quase despercebida, mas tratou-se verdadeiramente da notícia do dia: a queda do governo de direita holandês. Que teve o seu quê de irónico: tratava-se de um dos mais acintosos defensores da ortodoxia do défice, causticando Portugal e a Grécia por não conseguirem apresentar valores abaixo dos 3% do PIB. E propondo naturalmente a sua exclusão do euro.
Agora esse governo cai, vítima do seu próprio veneno: como teria de lançar novas medidas de austeridade para alcançar aquele objetivo, viu-as recusadas pela fortíssima extrema-direita, cujo populismo jamais permitiria associar-se a tão antipática medida para os seus eleitores.
Resultado: mais um governo de direita a cair, ainda antes do de Sarkozy. Com a forte probabilidade de um regresso da esquerda ao poder, mesmo contando com a oposição dos siameses de Marine le Pen nos pólderes dos Países Baixos.
Fica a noção de que a esquerda não tardará a liderar diversos países europeus, mas com o desafio de retirar argumentos a fascistas e neonazis. O que significa a urgência de encontrar um discurso político e ideológico capaz de, com inteligência, atrair os jovens e os operários, cujos medos e limitados conhecimentos, os tornam permeáveis à demagogia mais despudorada...

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