segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

PELA EUROPA SOCIAL

Actualmente 97% dos povos da União Europeia são governados por governos de direita ou por tecnocratas designados para cumprirem a estratégia anti–Estado Social imposta por Merkel e Sarkozy.
Segundo Daniel Oliveira no Expresso Online este domínio avassalador da direita significa (…) usar a União para a construção de um falso consenso que trave qualquer solução de tipo keynesiano para sair desta crise. O que se traduz em  privatizar serviços públicos, transferir recursos públicos para o sector financeiro, desregular leis laborais, manter o desemprego alto como forma de pressão sobre os custos do trabalho e limitar ao mínimo o poder dos sindicatos e até do voto popular. Em suma um processo violento de engenharia social que demorará décadas a reverter.
A tentação é grande em esperar  pelos resultados desta política desastrosa, que se virão a traduzir em maiorias descontentes e preparadas para aceitar estratégias completamente opostas às seguidas até aqui: O que está em causa é um contrato social que deu à Europa meio século de desenvolvimento e paz. E é por ele e contra ele que todas as alianças políticas se devem fazer. Na Europa e em Portugal. Se a esquerda (e até alguma direita moderada) não o compreender a derrota será estrondosa. E serão precisas muitas décadas (e algumas tragédias) para se voltarem a repetir as circunstâncias que, nos anos 50, permitiram a construção do Estado Social em grande parte da Europa. É por esta aliança pela Europa Social que muitos cidadãos esperam. E é da sua possibilidade que depende a reconquista da credibilidade da esquerda europeia.

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