sábado, 27 de agosto de 2011

Uma morte anunciada


Numa entrevista hoje concedida ao Diário de Notícias Maria José Morgado não arriscava a duração do actual governo para todo o período previsto para a legislatura. E lembrava que o Pêndulo de Foucault demonstra a contínua rotação da Terra.
Mas se a procuradora não poderia avançar mais opiniões pessoais do que a subtil sugestão do seu cepticismo, eu não tenho quaisquer dúvidas: Passos Coelho tem tal vontade em ocupar todo o espaço político, que atropela os interesses do seu parceiro de coligação. E será por ele que o seu governo conhecerá um precoce enterro.
Porque a crise irá agudizar-se e muitos interesses corporativos terão de ser beliscados, trazendo para as ruas a expressão do desagrado colectivo. E será para não se associar à inevitável queda do partido laranja nas sondagens, que Paulo Portas apressará o fim da coligação. Ciente de que, a não avançar para essa distanciação, também o PP se arriscará a ser fortemente penalizado nas urnas.
Pouco a pouco este governo vai dando motivos para acreditar na sua morte antecipada...

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